No próximo dia 26, o Dia do Goleiro será celebrado no Brasil pela 50ª vez. A data estabelecida para comemorar a posição não foi escolhida de maneira aleatória: é o dia do aniversário do ex-goleiro Manga, nascido em 26 de abril de 1937 no Recife. Ídolo de clubes brasileiros — principalmente Botafogo e Internacional — e estrangeiro (foi campeão mundial pelo Nacional do Uruguai), o ex-atleta morreu nesta terça-feira aos 87 anos, em um hospital do Rio. Ele lutava contra um câncer de próstata.
A data foi eternizada como uma efeméride em 1975, por iniciativa de professores da Escola de Educação Física do Exército. O tenente Raul Carlesso e o capitão Reginaldo Carlesso decidiram escolher um dia para celebrar os goleiros. O dia escolhido, inicialmente, foi o de 14 de abril, mas uma reunião de goleiros da época mudou o curso da decisão. A nova data foi estabelecida para o dia 26, homenageando o jogador que conquistaria o campeonato brasileiro naquele ano pelo Internacional.
A principal característica de Manga, durante todo o tempo que atuou no futebol, foi a recusa em usar luvas. Por conta disso, o ex-goleiro ficou com graves lesões nas mãos e nos dedos, mas exibia orgulhosamente as cicatrizes e os ferimentos — muitas vezes agravados pela interrupção dos tratamentos por decisão do próprio jogador, que preferia jogar lesionado a deixar de entrar em campo.
Ídolo do Botafogo
Manga defendeu o alvinegro de 1959 a 1968 e conquistou o Campeonato Carioca quatro vezes, em 1961, 1962, 1964 e 1966, e o Torneio Rio-São Paulo em três oportunidades, em 1962, 1964 e 1966. Nos quase dez anos vestindo a camisa do Botafogo, o ex-goleiro conquistou 20 títulos, em um total de 442 jogos, se tornando o jogador com mais títulos na história do clube.
“É com enorme pesar que comunicamos o falecimento de Haílton Corrêa de Arruda, nosso inesquecível ex-goleiro e ídolo Manga, aos 88 anos, no Hospital Rio Barra. Manga foi um dos maiores goleiros da história do futebol mundial e defendeu nosso Glorioso de 1959 a 1968, tendo integrado dois dos maiores times da nossa história, os bicampeões cariocas de 61/62 e 67/68. Titular da Seleção Brasileira de 66, Manga deixa uma história de defesas inesquecíveis e muito amor pelo Botafogo”, escreveu o clube nas redes sociais.
Em 2024, após a conquista da Libertadores, o então presidente do clube social Durcésio de Mello levou a taça do campeonato até o ex-goleiro. Em dezembro, ele foi até a casa onde Manga morava com a esposa na Zona Oeste do Rio, e surpreendeu o ídolo alvinegro, que parabenizou os jogadores e o treinador Artur Jorge pela campanha.
— Estou muito contente de receber o presidente do Botafogo aqui na minha residência, ainda mais agora que fomos campeões da América. Sempre torcendo pelo Botafogo, na derrota, no empate, e ganhamos a Libertadores com partidas difíceis. Parabéns ao treinador maravilhoso e toda equipe do Botafogo — afirmou em vídeo publicado no perfil do alvinegro.
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