

Novas denúncias foram reveladas, nos últimos dias, contra a ex-treinadora do time italiano de ginástica rítmica, demitida no mês passado. Emanuela Maccarani já havia sido acusada de assédio, abuso psicológico e maus-tratos contra atletas da seleção da Itália e agora novos detalhes dos abusos sofridos pelas ginastas foram revelados.
Nascida em 20 de setembro de 1966, Emanuela Maccarani é uma ex-ginasta rítmica italiana, que integrou a equipe nacional de 1982 a 1984, participando de campeonatos europeus e copas do mundo. Após encerrar sua carreira como atleta, Emanuela iniciou sua trajetória como treinadora em 1987.
Nove anos depois, ela assumiu o cargo de treinadora principal da seleção italiana de ginástica rítmica, posição que manteve até março de 2025. Sob sua liderança, a equipe italiana conquistou diversas medalhas em competições internacionais, incluindo uma prata nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004 e bronzes em Londres 2012, Tóquio 2020 e Paris 2024.
Além de sua carreira como treinadora, Maccarani é coautora do livro “Questa Squadra. La ginnastica ritmica, le farfalle, la mia vita” (Esta equipe. Ginástica rítmica, borboletas, minha vida, na tradução livre) de 2012, compartilhando suas experiências no esporte.
Demissão e denúncia de abuso psicológico
Há uma semana, a Federação Italiana de Ginástica (FGI) anunciou a demissão de Emanuela Maccarani como treinadora da equipe de ginástica rítmica após 29 anos. Andrea Facci, que assumiu a presidência da FGI há menos de um mês, também foi denunciado por uma conversa telefônica, na qual se referiu a uma atleta com termos vulgares e sexistas. Diversas ginastas acusaram Maccarani de supostos abusos, maus-tratos e assédio psicológico.
“Tudo é muito pior com ela. Há abuso. Uma vez, ela fez Raffaeli e Serena Ottaviani tirarem uma peça de roupa toda vez que cometiam um erro em uma atividade. E no final, elas eram deixadas de calcinha”, disseram os jornalistas Elisabetta Esposito e Claudio Lenzi, que revelaram na Gazzeta dello Sport uma conversa telefônica entre Olga Tishina, vice-técnica da treinadora sob investigação, e Natalia Nesvetova, diretora técnica da Ginnastica Etruria Prato.
O caso relatado, segundo a imprensa italiana, aconteceu em 17 de novembro de 2022. “Ela as trancou em uma sala pequena e fria, sem telefones, sem nada, ela as puniu”, disse Olga Tishina.
Segundo a mídia italiana, Sofía Raffaeli foi forçada a se ajoelhar diante de uma treinadora, implorando que ela aceitasse suas desculpas por ter realizado um exercício incorretamente. Ao contrário de Maccarani, nenhuma queixa foi registrada contra Cantaluppi.
Tudo começou em 2022, quando as ginastas Nina Corradini e Anna Basta — entre outras — relataram a provação e a humilhação que suportaram durante seus treinos com Maccarani. Ginevra Parrini confirmou a versão dos eventos de seus colegas em vários meios de comunicação italianos, e o escândalo se agravou.
This news was originally published on this post .
Be the first to leave a comment