

O primeiro dia de ação do WTA Tour em Bogotá terminou de maneira inesperada, com o desmaio de uma jogadora que, incapaz de continuar a partida, precisou deixar a quadra em uma cadeira de rodas. Tudo aconteceu no último duelo da noite, entre a argentina Julia Riera e a britânica Francesca Jones.
Em uma mudança de rumo da partida, a atleta de Pergamino conseguiu tirar a vantagem e assumir a dianteira do placar por 6-2, 5-7, 5-3, com Jones sacando em 15-30, a dois pontos da derrota. Naquele momento, a britânica se preparou para sacar. Mas, visivelmente tonta, ela errou o golpe, tropeçou e caiu, segurando a própria cabeça. Veja no vídeo abaixo:
Os médicos do torneio chegaram imediatamente com a cadeira de rodas para transportá-la. Riera atravessou a quadra e ajudou a levantar sua oponente para que ela pudesse ser acomodada em uma cadeira.
Não é a primeira vez que Jones sofre deste tipo de problema durante jogos. Nascida em Bradford, a tenista de 24 anos, 129ª colocada no ranking, foi forçada a se retirar do WTA 500 em Mérida há quatro semanas, perdendo por 3 a 4 no terceiro set para a colombiana Emiliana Arango. Ela também não conseguiu completar sua partida em novembro passado em Colina, Chile, contra Darja Semenistaja, perdendo por 7-6 e 3-2.
Riera, que começou como terceira favorita ao título do torneio colombiano, avançou para a segunda fase, onde enfrentará a americana Iva Jovic. A tenista nascida em Buenos Aires havia acabado de participar de um ITF75 em Vacaria, no Brasil, onde havia perdido nas semifinais para Jones, que acabou vencendo o torneio de classificação.
Jones nasceu com uma anomalia genética que causou malformações em seus membros.
— Tenho quatro dedos em cada mão. Quatro no pé esquerdo e três no direito — disse ele ao LA NACION em 2017.
Mais conhecida como EEC, a síndrome afeta a tenista desde os dez anos de idade. Fã de futebol, e especialmente de Lionel Messi, ela teve que passar por diversas cirurgias nas mãos e nos pés ao longo da vida.
Quando ela tinha cinco anos, seu pai precisou fazer um trabalho extra durante o verão e levou ela e seus irmãos a um clube em Leeds. Francesca participou de um acampamento de tênis e se apaixonou pelo esporte desde o início. Mais tarde em seu treinamento, ele precisou usar raquetes com empunhaduras menores que o normal e teve de aprender a manter o equilíbrio para jogar porque tinha menos dedos.
— Não quero dizer que é uma desvantagem, porque não me sinto assim. É algo que está na minha frente, e tenho que saber como seguir em frente. Para mim, é mais uma vantagem, porque me motiva e me torna mais forte. Todas as experiências que tive me ajudaram a amadurecer — disse Jones ao La Nación.
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