Ex-preparador de Sinner aponta ex-fisioterapeuta como culpado em caso de doping; entenda

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Sinner testou positivo para clostebol, um anabolizante, em março de 2024, durante o Masters 1000 de Indian Wells. O tenista, vencedor de três títulos de Grand Slam aos 23 anos, alegou desde o início que a contaminação foi acidental, ocorrendo por uma massagem feita por um membro de sua equipe.

Sobre o spray que o incrimina, Ferrara explicou à Gazzetta dello Sport em sua primeira declaração pública:

— Eu o utilizo há anos porque foi indicado por um médico especialista para tratar uma patologia crônica.

— Eu estava perfeitamente ciente da proibição e sempre o guardei com o máximo de cautela, no meu necessaire de higiene pessoal — acrescentou.

— Não entreguei o spray a Naldi, apenas sugeri que ele o usasse para tratar um corte que não cicatrizava e dificultava seu trabalho. Fui muito claro ao informar a natureza do produto e a necessidade de que não entrasse em contato com Jannik de forma alguma. De fato, autorizei seu uso apenas no meu banheiro pessoal. Naldi não negou ter sido informado, mas disse que não se lembra — insistiu Ferrara.

O ex-preparador físico afirmou que não fazia ideia de que Naldi havia tratado Sinner sem luvas ou sem lavar as mãos após usar o spray.

— Olhando para trás, é fácil dizer que eu não faria o mesmo. Sem dúvida, não confiaria no comportamento dos outros — ressaltou Ferrara, que, assim como Naldi, deixou a equipe de Sinner em agosto do ano passado. Atualmente, ele trabalha com Matteo Berrettini, número 27 do ranking mundial.

Inicialmente, a Agência Internacional para a Integridade do Tênis (ITIA) não havia imposto nenhuma suspensão a Sinner. No entanto, a Agência Mundial Antidoping (WADA) recorreu, o que poderia levar a uma punição de um a dois anos. As partes chegaram a um acordo em 15 de fevereiro, decisão criticada por diversos tenistas e especialistas.