O fato de ser o único brasileiro na NBA, a principal liga de basquete do mundo, não assombra Gui Santos. Cada vez mais consolidado no estrelado plantel do Golden State Warriors — comandado pelo técnico multicampeão Steve Kerr e que tem Stephen Curry, Draymond Green e Jimmy Butler como os principais nomes —, o ala brasiliense de 22 anos vive, neste início de ano, sua melhor fase desde que aterrissou em solo americano, quando foi escolhido na 55ª posição do draft de 2022.
Após passar pela Summer League e pela G-League, espécies de torneios de desenvolvimento, Gui Santos está em sua segunda temporada desde que assinou contrato com os Warriors. Em janeiro, o atleta alcançou sua maior pontuação na NBA: 19 pontos contra o Chicago Bulls. Depois de mais um ano na franquia, o ala foi alçado ao time titular em duas oportunidades. Contra o Minnesota Timberwolves, também em janeiro, anotou cinco pontos, três assistências e sete rebotes. Já no confronto com o New York Knicks, em 15 de março, registrou cinco pontos e sete rebotes.
— Busco melhorar e evoluir todos os dias, não apenas fisicamente, mas tecnicamente e no entendimento do jogo. Acho que as chances que estou tendo são mérito do meu trabalho, de verem o que estou entregando no dia a dia. Estão confiando em mim, e eu estou contribuindo com o time — conta Gui Santos em entrevista ao GLOBO.
A energia depositada por Gui dentro das quadras fez com que o brasileiro se tornasse uma espécie de “xodó” das estrelas do elenco. Nos últimos meses, o ala foi elogiado por Steve Kerr, Curry e Green.
— Acho que ele é o cara que mais trabalha no time, e isso se destaca — valorizou Curry após a estreia do colega de time como titular.
Gui Santos sempre teve a consistência nos treinamentos como característica marcante. Com apenas 16 anos, já fazia parte do time adulto do Minas. Com 18, estava no Jogo das Estrelas da NBB.
O basquete é quase que um negócio familiar. Os pais Lucineide e Deivisson também atuaram profissionalmente. A influência do esporte na família é tanta que Edu Santos, irmão mais novo, também trilha seu caminho na modalidade. O caçula é atleta do Corinthians e, em 2024, esteve com a seleção brasileira sub-15 para a disputa do Sul-Americano.
— O fato de ter tido pais atletas me ajudou muito. Tenho os pés no chão e sei o valor das coisas, o quanto é difícil conquistá-las. São valores que aprendi em casa. Estamos sempre nos falando, e eles estão sempre me aconselhando. Minha família é meu porto seguro — diz Gui.
Na quinta posição da Conferência Oeste, os Warriors visitam o Los Angeles Lakers hoje, às 23h. A tendência é que Gui comece a partida como opção entre os reservas. Ainda assim, companheiros, treinadores e torcedores sabem que podem esperar do brasileiro a mesma energia e entrega dos outros 50 jogos na temporada e, quem sabe, alguns pontos decisivos.
— Quero seguir contribuindo com o meu jogo e mostrando o quanto posso ser útil para o time. Estou muito feliz aqui. É uma grande organização, um lugar em que me sinto bem e onde quero fazer história.
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