

O jornalista Carlos Eduardo Mansur, atualmente no Sportv, mas com passagens por Jornal dos Sports, Lance, assessoria de imprensa do Flamengo e o próprio jornal O GLOBO, foi o entrevistado do “Toca e Passa”, o novo videocast do GLOBO. Entre muitos assuntos, Mansur, que esteve em quatro Copas do Mundo (1998, 2010, 2014 e 2018) e dois Jogos Olímpicos (Londres-2012 e Rio-2016), mas exclusivamente cobrindo o futebol, falou sobre muitos assuntos, entre eles a expectativa pelo novo treinador da seleção brasileira. Jorge Jesus, neste momento, é o nome mais cotado para a vaga do demitido Dorival Júnior.
– Tudo caminha para ser o Jorge Jesus. Acho que ele é capaz de montar uma boa seleção brasileira, ele conhece o futebol brasileiro, vai ter muito respaldo, mas a gente não tem base para analisar o trabalho dele como selecionador. É pouco tempo para implantar ideias. Jorge Jesus é um bom nome, mas nada dá garantia que vai funcionar – destacou.
Ainda sobre seleção brasileira, Mansur relembrou o momento da Copa do Mundo de 1998, na França, quando Ronaldo Fenômeno não estava na escalação para a final contra os anfitriões (depois ele foi titular). O ex-jogador teve uma convulsão na véspera da decisão na concentração.
– Esse dia mudou para sempre a forma de cobrir a seleção brasileira. Eu estava pelo Jornal dos Sports com dois repórteres, não tinha como estar em todos os lugares. Mas tinha gente com equipes enormes e ninguém soube da história. O relato do que aconteceu mesmo só surgiu horas depois, quando houve um posicioncamento do departamento médico da seleção. A históoria de um jogador da seleção ter uma convulsão na concentração e isso resistir como notícia oculta por 12h é impensável nos dias de hoje – salientou.
Renato Gaúcho no Fluminense
Saindo da seleção e entrando no futebol carioca, Mansur comentou sobre o que pode acontecer com o Fluminense, que demitiu Mano Menezes após a primeira rodada do Brasileiro, e trouxe Renato Gaúcho.
– Como treinador, ele faz times interessantes com bola, mas a minha crítica é de conteúdo tático, especialmente sem bola. Os times dele deixam bastante a desejar, pelo menos nos últimos trabalhos. O Flamengo, vice da Libertadores (perdeu para o Palmeiras em 2021), era interessante com a bola, ótimas atuações, mas por vezes caótico (sem a bola) – disse.
O jornalista convidado do “Toca e Passa” também comentou sobre Flamengo e Botafogo, os times do Rio de Janeiro na Libertadores deste ano.
– A temporada do Botafogo de fato começou. O jogo contra o Palmeiras deixou uma boa impressão, mas alertei que foi uma circunstância particular. O Botafogo teve muito espaço para transição com um Palmeiras exposto. Na Libertadores, se apresentando como campeão, vai enfrentar times, como foi contra a Universidad de Chile, que vão esperar um pouco mais. E o Botafogo vai precisar construir. E ali (no jogo em Santiago) apareceu uma forma de atuar do Renato Paiva muito diferente da do Artur Jorge em termnos de proposta ofensiva. O Botafogo teve dificuldades. Além disso, Júnior Santos, Almada e Luiz Henrique foram protagonistas do maior ano da história do Botafogo. Saíram gols e assistências. Minha dúvida é ser os jogadores de agora vão conseguir ser decisivos – salientou, acrescentando sobre o Flamengo:
– O Flamengo tem problema de formação de elenco. Não é ruim, é claro, mas o Flamengo tem uma coleção de pontas. Muitos deles que ficam menos confortáveis jogando por dentro. O time faz pouco gol. O Flamengo domina muitos os jogos, mas fica pendurado por uma vantagem mínima. Foi assim contra Táchira, Fluminense e Vasco.
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