
Antes mesmo de o Campeonato Brasileiro começar, o Flamengo era posto por analistas táticos e comentaristas como um dos favoritos ao título desta temporada. E, em boa parte, pelo que mostrou no triunfo por 2 a 1 sobre o Vitória, no Barradão, ontem: a força de seu elenco. Bruno Henrique, que entrou no segundo tempo, resolveu a partida completando cruzamento de Luiz Araújo, outra mexida da segunda etapa.
Com a vitória, a primeira do rubro-negro neste Brasileirão, os comandados de Filipe Luís chegaram aos 4 pontos. Mais do que isso, foram os primeiros, junto ao Palmeiras, que derrotou o Sport, a vencer como visitante nesta edição. Um resultado valiosíssimo dado o equilíbrio do campeonato.
Mas nem tudo foram flores na atuação do rubro-negro carioca. A primeira etapa ficou marcada por um problema crônico da equipe: as dificuldades de conclusão. Com Arrascaeta e Gerson de volta, o time teve mais qualidade no último passe e criou mais. Mas pecou no toque final.
Juninho desperdiçou duas ótimas oportunidades: uma ajeitada de peito de Arrascaeta, que colocou no travessão, e um lançamento de Alex Sandro, poucos minutos antes, que chutara torto para fora. O goleiro Lucas Arcanjo também fez grande intervenção em finalização de Gerson para evitar que o placar fosse aberto na primeira etapa.
— Estamos criando, mas precisamos ser determinantes na área do adversário. Descrevo essa vitória como heroica por parte dos meus jogadores. Quem viajou para a Venezuela sabe o quanto foi difícil. Vitória heroica e que eu dou muito valor. Não é fácil ganhar aqui — analisou o técnico Filipe Luís após a partida, relembrando a viagem para enfrentar o Deportivo Táchira, no meio da semana, pela Libertadores.
Talento de Arrascaeta
A boa notícia é que a primeira etapa foi de quase domínio total do rubro-negro, enquanto o Vitória esperava a oportunidade certa para escapar em velocidade.
O ganho em territorialidade num Barradão que teve forte presença de torcedores do rubro-negro carioca deu resultado numa bola roubada no ataque. Arrascaeta ganhou de Janderson no campo de defesa do Vitória e, no talento e na força, tirou os marcadores antes de concluir de biquinho no cantinho do gol de Arcanjo. Um belo gol, ao estilo do de Ronaldo Fenômeno contra a Turquia, na Copa do Mundo de 2002, ou do de Romário contra a Suécia, no Mundial de 1994.

—Às vezes, quando estou concentrando, fico vendo goleadores. Ronaldo tem um gol bonito. Mas eu já vi o Romário fazer muitos gols também de biquinho — disse o camisa 10 ao Premiere no fim da partida.
Poucos minutos depois, os gols perdidos quase cobraram dois pontos da equipe de Filipe Luís. O Vitória empatou com Wellington Rato, que arriscou da entrada da área e contou com desvio em Gerson para matar Rossi na jogada. O técnico Thiago Carpini, do rubro-negro baiano, chegou a ser expulso por chutar uma bola na comemoração.
A força do elenco do Flamengo, no entanto, foi ao resgate, com brilho das escolhas de Filipe Luís. O trio ofensivo Arrascaeta, Everton Cebolinha e Juninho foi desmontado ao longo da segunda etapa, para as entradas de Michael, Luiz Araújo e Bruno Henrique. Os dois últimos protagonizaram o gol da vitória, já no fim do tempo regulamentar. O camisa 7 cruzou bem pela esquerda para BH, em movimentação e posicionamento de centroavante, balançar as redes e sacramentar a vitória do Flamengo.
Agora, o rubro-negro carioca volta a campo na quarta-feira, quando recebe o Central Córdoba, da Argentina, pela segunda rodada da Libertadores, no Maracanã.
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