

O advogado criminalista responsável pela defesa do atacante Bruno Henrique, Ricardo Pieri Nunes, no caso em que o jogador foi indiciado pela Polícia Federal por um esquema de apostas, também contribuiu com o Flamengo em 2019, no incêndio que matou dez atletas da base no Ninho do Urubu.
No ano passado, Pieri pediu arquivamento da investigação atual depois de uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público, que apreendeu celulares de Bruno Henrique e familiares. No pedido, o advogado tratou a operação como infundada e pediu os bens de volta.
Ainda ressaltou que caso foi investigado e arquivado no STJD, por não encontrar indícios de manipulação do atleta. “O tribunal entendeu que o lance em questão, no qual foi aplicado o cartão amarelo a Bruno Henrique, nem sequer era passível de falta”, disse a defesa.
O tribunal destacou à época de sua investigação a inverossimilhança da tese de manipulação, uma vez que o referido atleta teria esperado até os 52 minutos do segundo tempo para receber um cartão amarelo supostamente premeditado, correndo o risco de ser substituído ao decorrer da partida.
“Protocolizamos também pedido para análise das informações que foram fornecidas pelas três casas de apostas mencionadas no processo à IBIA (International Betting Integrity Association). Nem a Polícia Federal nem o Ministério Público procuraram aferir se o método técnico-científico para a produção e extração dos dados que baseiam a denúncia foi devidamente observado. Verifica-se nos autos que a equipe policial não se desincumbiu de trazer aos autos registros válidos sobre a produção e extração dos dados e não assegura a confiabilidade das informações apresentadas. Esperamos que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o atleta possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada”, afirmou a defesa de Ricardo Pieri.
O criminalista também esteve ao lado de Bruno Henrique em 2020, defendendo o jogador da acusação de falsificar a sua carteira de motorista (CNH), apreendida em blitz da operação Lei Seca. No inquérito, a investigação da Polícia Civil do Rio alegou que a CNH do jogador não constava nos registros do DETRAN-RJ. Como resultado, Bruno Henrique, que chegou a prestar depoimento sobre o ocorrido, acabou indiciado e teve o caso encaminhado para o Ministério Público. Porém, em abril de 2022, o jogador acordou por uma NPP (Não Persecução Penal), medida alternativa prevista no Código Penal mediante a confissão do investigado. Bruno Henrique pagou uma multa no valor de R$ 100 mil e comprovou as transferências para quatro organizações sem fins lucrativos (ONGs).
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