

A decisão da comissão técnica de ir para o terceiro compromisso pela Sul-Americana com uma equipe alternativa quase custou a invencibilidade da “Era Renato Gaúcho” — que também ficou no Rio de Janeiro. Mas com um gol no fim, o Fluminense empatou com o chileno Unión Española em 1 a 1, na última quarta-feira, no Estádio Bicentenario de La Florida, em Santiago, e segue na liderança isolada do Grupo F.
Pensando no clássico de sábado, contra o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro, o Fluminense foi a campo até mesmo com garotos da base de Xerém. O empate saiu com gosto de vitória, dada as circunstâncias do jogo, mas deixou o tricolor mais ameaçado na busca pela vaga direta às oitavas de final da competição — apenas o primeiro colocado de cada grupo avança sem repescagem. O Once Caldas, da Colômbia, que superou o GV San José, da Bolívia, por 3 a 2, na terça-feira passada, reduziu a diferença para apenas um ponto: 7 a 6.
A etapa inicial foi de um duelo sonolento, de poucas emoções. Os donos da casa tinham a posse de bola e conseguiram ser superiores, principalmente com as tramas pelo lado direito. O perigo vinha sempre dos pés do camisa 10 Uribe, que foi o destaque da primeira metade do confronto. A falta de entrosamento do Fluminense era notório diante da grande dificuldade para criar as oportunidades. Na melhor delas, Serna fez jogada individual pela direita, encontrou Everaldo na área, que deu belo giro e finalizou para fora.
O Unión Española voltou do intervalo mais objetivo e já transformava o domínio em boas chances de gol. Buscando mais objetividade com a bola, o auxiliar Alexandre Mendes, ontem com a missão de comandar a equipe, tentou dar uma chacoalhada com mudanças: entraram Lavega, Wesley Natã e Paulo Baya. E elas até surtiram efeito, com o tricolor melhorando na partida. Mas quem abriu o placar foram os chilenos, aos 38 minutos: Thiago Santos errou na saída de bola e foi desarmado por Suárez na intermediária de defesa. A bola ficou com Véjar, que tocou para Aránguiz entrar na área e mandar para o gol.
Herói improvável
A desvantagem no marcador e com a partida já no fim, indicava que a primeira derrota desde que Renato assumiu estava próxima de acontecer. Coube a um herói improvável escancarar o poder de reação do time com o técnico. Nos acréscimos, Nonato acertou uma finalização no ângulo esquerdo do goleiro para empatar o jogo. O volante vem tendo dificuldades para se firmar e balançou as redes pela primeira vez na segunda passagem pelo clubes.
— Foi uma partida muito difícil, com gramado diferente (sintético). Sabíamos que a equipe deles tinha muita qualidade na bola e viemos esperando isso. Sabíamos também que, mesmo com jogadores que não estavam entrosados, a gente tinha que se entrosar o mais rápido possível para fazer um bom jogo. Acredito que fizemos na medida do possível, acho que não foi nossa melhor partida. Mas conseguimos sair com um gol muito valioso — disse Nonato.
Letal nos acréscimos
Os gols nos últimos momentos dos jogos já viraram marca registrada do Fluminense neste início de passagem de Renato Gaúcho. Em apenas seis partidas sob o seu comando, já foram marcados três vezes nos acréscimos. O autor do último deles comentou que houve um abatimento ao sair atrás no placar, mas afirmou que “levantaram a cabeça rapidamente e foram buscar esse ponto”.
Após arrancar o empate no Chile com o time alternativo, o tricolor espera concluir o plano traçado para a semana com êxito. Para isso, será necessário vencer o Botafogo no sábado, às 21h, no Estádio Nilton Santos, pelo Campeonato Brasileiro. Com dez pontos, ocupa, neste momento, a terceira posição da tabela. A liderança é do Palmeiras, com 13, seguido pelo Flamengo, que soma 11.
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