
Danilo foi um dos melhores jogadores em campo em sua estreia na altitude pelo Flamengo, contra a LDU, na última terça-feira, mas se sentiu bastante desconfortável atuando em Quito. O zagueiro concedeu coletiva na tarde de hoje no Ninho do Urubu, e detalhou as dificuldades que passou, e afirmou que gostaria de nunca mais atuar nestas condições.
— Eu poderia ser um pouquinho político na resposta, mas jogar na altitude é ruim para caramba. É muito ruim em termos de respiração, muito diferente. Se você sobe uma escada um pouquinho mais, fica tonto. Você não tem a lucidez que se costuma ter aqui embaixo. Fisiologicamente, é horrível. Se eu pudesse, não jogava nunca mais na altitude, era o que eu queria — cravou Danilo.
— A velocidade da bola é uma loucura. Faz um passe daqui até ali, parece que chutou para o gol, a bola vai muito rápido. Estou tentando falar em uma linguagem que talvez as pessoas entendam melhor, porque, às vezes, a gente fala de um jeito “meio gourmet”. Então, é isso mesmo, você vai tocar daqui até ali e a bola sai com uma velocidade incrível — prosseguiu.

O defensor de 33 anos afirmou que jogar bem no ar rarefeito só é possível se houver uma adaptação prolongada. Ainda assim, não deu desculpas para o empate por 0 a 0 desta semana, que deixou o Flamengo no terceiro lugar do grupo C, fora da zona de classificação após três rodadas.
— Faz uma mudança de direção, fica tonto, não consegue entender bem o que está acontecendo. É um jogo muito diferente, muito difícil, precisaria de mais tempo para estar lá, de adaptação, para você conseguir estar bem, lúcido, jogar 100% — comentou Danilo.
— Dito isso, a gente também tinha que ter feito não melhor, mas a gente poderia ter vencido o jogo. Que fique como aprendizado para nós enquanto grupo, enquanto equipe, que tinha condições de vencer. Quer dizer que não fizemos o nosso máximo? Não. Mas quer dizer que a gente tem um espaço de crescimento para poder vencer esse tipo de jogo, que é extremamente difícil — admitiu.
Danilo admite a situação desconfortável do grupo, liderado pelo Central Córdoba (Argentina) e a LDU, mas mostrou confiança na classificação em primeiro lugar.
— Situação completamente acessível para a gente, mas isso não quer dizer um tom de soberba ou de que a situação é tranquila. Uma situação onde a gente tem que trabalhar muito, se dedicar muito, mas que temos totais condições de conseguir a classificação. Se possível, em primeiro. O objetivo é passar em primeiro no grupo, porque isso dá moral, confiança, e faz ter confrontos talvez mais acessíveis. Mas acredito que é uma situação onde a gente tem total condição de reverter — disse. — Pode ter certeza que eu, particularmente, mandando essa mensagem em nome do nosso grupo: não tem ninguém satisfeito com essa posição na tabela. É uma situação que é desconfortável, certamente, mas nós estamos com o pensamento virado para que possamos terminar em primeiro.
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