

Comandados pelos Renatos Paiva e Gaúcho, respectivamente, Botafogo e Fluminense farão hoje, às 21h, no Estádio Nilton Santos, um clássico marcado por duas equipes que, apesar de viverem reinícios de trabalho, experimentam momentos totalmente distintos. Em comum, as poucas partidas dos xarás à frente dos times: Paiva tem oito jogos pelo alvinegro, enquanto Gaúcho soma seis pelo tricolor. De diferente, estão os retrospectos e, principalmente, o clima que paira sobre os dois.
No CT Carlos Castilho, do Fluminense, os ares parecem ter se renovado desde a chegada de Renato Gaúcho para o lugar de Mano Menezes. O contexto encontrado pelo treinador, que chegava ao tricolor para sua sétima passagem, não era dos mais favoráveis, já que, com vários compromissos em sequência, o tempo era um inimigo. Ainda assim, Renato levou o time a uma sequência de quatro vitórias consecutivas e seis jogos de invencibilidade.
Ciente de que, mesmo com os resultados positivos, ainda era necessário encontrar um espaço no calendário praticamente ininterrupto para implementar suas ideias, Renato Gaúcho abdicou da viagem ao Chile para o duelo contra o Unión Española, pela Sul-Americana. Enquanto Alexandre Mendes esteve à beira do campo no empate em 1 a 1, o treinador permaneceu no Rio de Janeiro com os titulares para comandar atividades focadas exclusivamente no clássico de logo mais, contra o Botafogo.
Tal cenário, somado à má fase vivida pelo rival, torna o Fluminense favorito para o confronto de logo mais, mesmo como visitante. A última vitória do tricolor sobre o Botafogo, aliás, foi no próprio Nilton Santos. Há três anos, na despedida de Luiz Henrique — que posteriormente se tornaria ídolo alvinegro pelos títulos conquistados em 2024 —, o Flu venceu por 1 a 0 o confronto do primeiro turno do Brasileirão de 2022, com gol de Manoel. O zagueiro será reserva hoje, já que o time deve ser o mesmo que empatou com o Vitória no domingo.
— Parte da diferença entre os dois trabalhos está no legado que os treinadores assumiram. Enquanto Renato Gaúcho herdou um Fluminense bem estruturado defensivamente, podendo dar seu toque na parte ofensiva e fazer pequenos ajustes, Renato Paiva assumiu um Botafogo totalmente desfigurado, tendo que implementar um sistema de jogo completamente diferente do que existia em 2024. Foi praticamente um trabalho iniciado do zero — avalia Marcelo Raed, comentarista do Sportv.
Alvinegro com mudanças
O Botafogo, por sua vez, se agarra aos momentos positivos sob o comando de Renato Paiva mesmo durante a sequência ruim de resultados — e, claro, nas sete vitórias consecutivas sobre o Fluminense. Para voltar a vencer após quatro partidas, o alvinegro deve apostar em uma formação que busque potencializar a qualidade de Savarino, um de seus principais jogadores.
Ora pela esquerda, ora pelo meio — onde se sente mais confortável —, o venezuelano deve atuar centralizado contra o tricolor, com Matheus Martins, atacante revelado em Xerém, ocupando a ponta. Artur deve seguir como titular pela direita. Assim, a única dúvida é a presença do zagueiro Jair. Com dores no tornozelo direito desde o confronto com o Atlético-MG, o defensor foi desfalque contra o Estudiantes. Caso não jogue, Danilo Barbosa deve ser novamente improvisado.
This news was originally published on this post .
Be the first to leave a comment