
- Realidade do carro
A Sauber não tem sido competitiva: o melhor resultado de Bortoleto até agora foi um 14º lugar no GP da China, e nem ele nem Nico Hülkenberg pontuaram até o momento. O novato reconhece que “não há muito que eu possa fazer agora – apenas aprender, tentar crescer como piloto nestes momentos difíceis e fazer um trabalho melhor a cada fim de semana de corrida”. - Aprendizado de processos
Na F3 e F2, a meta era (quase) sempre conquistar pódios. Na F1, o alvo inicial muda: chegar ao Q2, brigar pelo Q3. É “um trabalho enorme” apenas estruturar o fim de semana de forma a extrair o máximo do pacote de desempenho limitado da Sauber. - Exemplo de paciência
Bortoleto cita George Russell como referencial de quem começou em equipe de fundo, amargando zero pontos na temporada de estreia (2019) antes de se firmar no pódio regular com a Mercedes. “Tudo é uma questão de paciência” — a mensagem é: o processo de maturação na F1 leva tempo, e até os maiores talentos pagam seu “preço de entrada”. - Foco no desenvolvimento
A estratégia de evolução da Sauber em 2024 mostra que ganhos pontuais (mesmo pequenos updates aerodinâmicos) podem catapultar a performance de um time estagnado. Bortoleto vê seu papel também como “apontar a equipe na direção certa com o desenvolvimento do carro” — uma responsabilidade que vai além de simplesmente pilotar.
Projeção para o restante da temporada
- Pontos isolados em corridas de attrito alto: pistas onde a carenagem menor ou menos downforce pode ajudar (Mônaco, Canadá).
- Evoluções aerodinâmicas graduais: a Sauber costuma trazer um grande pacote na metade do ano; se o carro recuperar um décimo ou dois, abre-se a janela para Q3 e, quem sabe, um ponto por erro dos adversários.
- Crescimento individual: à medida que Bortoleto acumula voltas em sessões oficiais e corridas caóticas (chuva, safety car), seu feeling pelo carro vai crescer, tornando-o capaz de extrair performance mesmo em condições adversas.
Em suma, Gabriel Bortoleto encara o que ele próprio define como “momento realista”:
Sem pressão por pódio agora, com foco em aprender e ajudar o time a dar pequenos porém cruciais passos de performance. Se a Sauber conseguir replicar o “boom” de desenvolvimento que teve em 2024, e se o brasileiro mantiver o ritmo de evolução na pista, não será surpresa vê-lo somar seus primeiros pontos ainda neste ano.

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