

Com força máxima, o Fluminense esperava encaminhar a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil na última terça-feira. Mas não foi isso o que se viu no Maracanã. O time de Renato Gaúcho venceu a modesta Aparecidense-GO, da Série D do Campeonato Brasileiro, por 1 a 0, graças a um gol de Keno aos 35 minutos do 2º tempo e deixou o campo sob vaias da torcida. O desempenho da equipe não foi o único motivo que gerou preocupação aos torcedores: Germán Cano sofreu uma entorse no joelho esquerdo ainda nos primeiros minutos do duelo e fará exames nesta quarta-feira para saber a gravidade da lesão.
A ausência do argentino pôde ser sentida desde o momento em que deixou o gramado com muitas dores, aos 9 minutos do primeiro tempo. Diante da fragilidade defensiva do adversário, o tricolor foi dominante e tinha muita facilidade para criar boas oportunidades. Faltava o faro do artilheiro para transformá-las em gol.
Após o intervalo, o roteiro do jogo foi semelhante, com os donos da casa empilhando chances perdidas. No entanto, a Aparecidense passou a se soltar mais e a aproveitar os espaços para puxar os contra-ataques. E, nessas estocadas, o time goiano quase abriu o placar. Foram pelo menos três chances de abrir o placar.
A falta de eficiência do Fluminense por pouco não culminou em um empate que poderia iniciar uma crise no CT Carlos Castilho, já que o time vem de três partidas sem vitória. Para alívio tricolor, uma das 25 finalizações parou no fundo das redes dos visitantes. Já na reta final da partida, Keno carregou a bola pela esquerda, puxou para o meio e, de fora da área, colocou a bola no cantinho do goleiro Matheus Alves. O camisa 11, até então reserva, foi uma das novidades de Renato Gaúcho no time titular, a ganhar a vaga de Canobbio.
— Sabíamos que seria um jogo difícil. Viemos de uma derrota em um clássico, que foi doída. Sabíamos que a torcida viria, mas iria protestar, porque fizemos um primeiro tempo muito ruim contra o Botafogo. Mas temos que levantar a cabeça. Sabemos que não fizemos um bom jogo. Fico feliz pela oportunidade que o Renato me deu. Venho sempre trabalhando para dar o meu melhor e, graças a Deus, pude fazer o gol e levar vantagem para o jogo de volta — disse Keno.
Depois de um “início perfeito” de trabalho, Renato Gaúcho se vê no primeiro momento de pressão no retorno ao clube. A motivação dada aos jogadores na troca de comando foi suficiente para vencer as quatro primeiras partidas à beira do campo. Agora, o desafio vai além da parte anímica. É necessário começar a dar sua cara à equipe, para que ela vai ganhando uma identidade própria.
Além da lista de desfalques, que provavelmente terá o acréscimo do homem-gol, o técnico tem outro componente que dificulta este processo: o calendário do futebol brasileiro. Desde que desembarcou no tricolor, ele só teve uma semana cheia para trabalhar, e isso porque optou por sequer viajar para o Chile, no empate em 1 a 1 com a Unión Española, pela Sul-Americana. E ela só vai acontecer de novo na parada dos torneios para a disputa do Mundial de Clubes.
O jogo de volta só será disputado daqui a três semanas, no dia 21, às 19h30, no Serra Dourada. Até lá, o Fluminense terá cinco compromissos. O primeiro deles é contra o Sport, no sábado, às 18h30, no Maracanã.
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