Piastri: Sensação da F1 dormia com ‘contos de carros’ e foi parar no automobilismo ‘por causa da chuva’; conheça

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Nascido em Melbourne em 6 de abril de 2001, Piastri faz sua terceira temporada na elite do automobilismo. Ele é filho de Chris Piastri e Nicole MacFadyen, dois amantes de carros e mecânica. Segundo a imprensa australiana, o pai do piloto de 24 anos é coproprietário da HP Tuners, uma empresa de tecnologia de desenvolvimento de software automotivo com uma capitalização de mercado estimada em US$ 35 bilhões; e a mãe, uma colecionadora de carros clássicos. A paixão da família fez o pequeno Oscar se apaixonar pelo segmento desde jovem.

Em 2021, em entrevista ao The Sydney Morning Herald, Chris contou que o filho costumava dormir ouvindo “contos sobre carros”.

— As histórias de ninar do Oscar eram principalmente sobre carros. Ele conseguia recitar a velocidade dos carros, sua potência, sua velocidade — detalhou o empresário.

Mas foi “por acaso” que Piastri foi parar no automobilismo. Chris disse ao jornal que, durante uma viagem de negócios aos Estados Unidos, decidiu comprar para o filho um carrinho de controle remoto. O menino tomou gosto e passou a competir nessa seara.

— Oscar os adorava. Ele começou a correr com eles [carros de controle remoto] e conquistou o terceiro lugar na primeira corrida, contra competidores de 20 e 30 anos, quando tinha apenas 6 anos — lembrou.

Os carrinhos, porém, não corriam direito quando chovia. Certo dia, a disputa foi cancelada por causa das condições meteorológicas, e Chris perguntou se Oscar não gostaria de correr de kart num ambiente fechado próximo. O garoto não saiu mais do esporte.

Oscar Piastri começou a disputar corridas com veículos da empresa FA (FA Alonso Kart), de propriedade de Fernando Alonso, seu atual concorrente na F1. (O espanhol estreou na elite do automobilismo um mês antes de Piastri nascer, em 2001.)

Piastri foi campeão do CIK Stas of Karting em 2013 e levou o Campeonato Sul-Australiano de Karting Júnior em 2024. Do kart, Piastri estabeleceu a meta de “subir” à F1. Para isso, a família entendeu que ele precisava deixar a Austrália. O jovem Piastri se mudou sozinho aos 14 anos para a Europa, para estudar em Haileybury e no Imperial Service College. Segundo a imprensa australiana, Chris Piastri investiu entre US$ 5,5 e 6,5 milhões até que o filho chegasse à F1.

O australiano conseguiu uma vaga na elite do automobilismo após vencer quatro campeonatos consecutivos de monopostos.

Após vencer a Eurocopa em 2019, em seu segundo ano na Fórmula Renault Eurocup, ele estreou na sempre difícil Fórmula 3 e conquistou o título com a equipe Prema. Na Fórmula 2, em 2021, conquistou a coroa com a Prema já na temporada de estreia. Quatro campeonatos consecutivos lhe valeram uma vaga na Alpine em 2022, como piloto reserva dos titulares Fernando Alonso e Esteban Ocon.

Pouco depois, Piastri e seu empresário negociaram uma vaga no grid, pela McLaren. A transição não foi sem polêmica. Horas depois de Fernando Alonso anunciar a saída da Alpine, a equipe francesa confirmou a promoção do australiano para a temporada de 2023. O jovem talento foi às redes sociais rebater: disse que a tal promoção havia sido decidida e divulgada sem seu consentimento. O caso chegou a ser levado ao Conselho de Reconhecimento de Contratos da FIA, a federação internacional que rege o esporte e que deu aval para o australiano assinar com a McLaren.