

Um verdadeiro desastre. Assim foi a atuação do Vasco na goleada para o Puerto Cabello por 4 a 1, ontem, fora de casa, pela quarta rodada do Grupo G da Sul-Americana. Mesmo com Philippe Coutinho e Vegetti — ambos foram poupados no último domingo, contra o Palmeiras, pelo Brasileirão —, o cruz-maltino não conseguiu sequer competir contra a frágil equipe venezuelana, que tem apenas seis vitórias e cinco derrotas em 14 jogos no campeonato local. Para se ter ideia do tamanho do “feito” do Vasco, esta foi a primeira vez na história que um time brasileiro sofreu quatro gols de outro da Venezuela.
— A verdade é que foi uma vergonha. O que eu vou dizer aqui eu já disse no vestiário. Não podemos mais culpar os técnicos. Nós, jogadores, temos que assumir. Muitos técnicos vieram e se foram. Não podemos culpar o presidente e nem ninguém. A culpa é nossa. Cometemos muitos erros individuais em todos os setores. Erros que já estamos cometendo há muito tempo — disparou o capitão Vegetti após o apito final.
Apesar da impiedosa goleada sofrida, o Vasco segue com um ponto à frente do Puerto Cabello e continua na segunda colocação do grupo G da Sul-Americana com cinco. Na próxima terça-feira, o cruz-maltino enfrenta o líder Lanus, que tem oito pontos, na Argentina. Antes, o cruz-maltino viaja para Salvador, onde enfrentará o Vitória, no sábado, pelo Campeonato Brasileiro, precisando do triunfo para não correr o risco de terminar a rodada na zona de rebaixamento.
Com tal cenário, a expectativa no cruz-maltino é que o resultado marque o início de uma volta por cima da equipe.
— Nós somos os únicos responsáveis. Temos que treinar, melhorar e ser autocríticos. Sem menosprezar o Puerto Cabello, não podemos vir aqui e perder por 4 a 1. Essa camisa é grande demais para isso. Temos que fazer muitas autocríticas com as portas fechadas. Estou tentando ser comedido nas palavras, mas estou muito bravo. Nós temos que sentir vergonha. Espero que esta seja uma maneira para começarmos a crescer. Peço desculpas ao torcedor do Vasco, porque isso é uma vergonha — completou o atacante argentino.
Muitos erros
Além do resultado, o fato dos quatro gols do Puerto Cabello terem saído em erros claros e infantis dos próprios jogadores cruz-maltinos torna a partida ainda pior e mais dolorosa para o Vasco. No pênalti aproveitado por Paredes, que abriu o placar, Mateus Carvalho errou passe na entrada da área e Hugo Moura derrubou Meza.
No segundo, marcado após João Victor empatar para o cruz-maltino ainda na primeira etapa, Padrón, de apenas 1,59m, aproveitou bobeada de Lucas Piton, que sequer tentou disputar a bola, e, de cabeça, encobriu Léo Jardim. Posteriormente, foi João Victor quem errou passe e permitiu contra-ataque finalizado por Guerrero. De fora da área, o camisa 20 também encobriu Léo Jardim e marcou um golaço.
E para fechar a goleada com requintes de crueldade, Paulo Henrique e Hugo Moura se atrapalharam na saída de bola perto da área e a bola ficou tranquila com Padrón. Livre, o baixinho tocou para Paredes marcar pela segunda vez e dar números finais ao jogo.
As três partidas do Vasco após a saída de Fábio Carille mostram que o presidente Pedrinho errou em demitir o ex-comandante, que vinha conseguindo dar uma consistência defensiva para a equipe. Ainda que o cruz-maltino não tivesse muito brilho ofensivo, é fato que o time conseguia competir de uma maneira mais sólida do que a atual, sob o comando do diretor técnico Felipe Loureiro.
Fernando Diniz
Menos mal que a diretoria avançou ontem com o técnico Fernando Diniz em prol de um acordo financeiro para que o treinador assuma o comando da equipe cruz-maltina. Há chances de um acerto definitivo ainda neste fim de semana. Os valores salariais devem girar em torno de R$ 1 milhão.
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