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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado realizou uma operação nesta terça-feira para cumprir mandados de busca na casa do atacante Ênio, do Juventude, e no estádio Alfredo Jaconi, no armário de uso pessoal do jogador. Ele está sendo investigado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul por suspeita de manipulação de aposta esportiva e entra para a lista de atletas em posição semelhante, como Lucas Paquetá, do West Ham e Bruno Henrique, do Flamengo.
A operação de Ênio foi realizada após um pedido da CBF para obter provas de uma possível manipulação em apostas no jogo entre Juventude e Fortaleza, no dia 10. A entidade recebeu um alerta de casas de apostas que notaram movimentações anormais para que Ênio recebesse um cartão amarelo na partida. O atacante levou a punição aos 38 minutos do primeiro tempo.
No caso de Paquetá, a decisão do julgamento só deve ser tomada após o fim da temporada, na segunda metade de junho. O julgamento deveria ter terminado em meados de abril, no entanto foi postergado. Segundo o jornal inglês The Guardian, isso aconteceu devido à complexidade do caso. O painel independente que estava à frente da audiência do meia brasileiro não conseguiu um resultado.
Jogador do West Ham e da seleção brasileira, Paquetá responde a uma investigação no âmbito da Federação Inglesa de Futebol (FA, na sigla em inglês) por má conduta relacionada a apostas esportivas em quatro partidas da Premier League ocorridas entre novembro de 2022 e agosto de 2023, contra Leicester, Aston Villa, Leeds United e Bournemouth.
As acusações da FA de 2024 afirmam que Paquetá tentou “influenciar o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência dessas partidas ao tentar intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito impróprio de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrassem com as apostas”. A entidade pede o banimento do atleta no esporte.
Já o atacante do Flamengo Bruno Henrique, indiciado pela Polícia Federal por estelionato e fraude em competição esportiva para suposto benefício de apostadores, pode ser punido criminalmente com prisão de até 11 anos — somadas as penas. Na esfera esportiva, o jogador pode ser banido do futebol. Ele é investigado pelo recebimento do cartão amarelo, de forma proposital, na partida contra o Santos, pela 31ª rodada do Brasileirão de 2023.
No entanto, o caso está em compasso de espera no STJD, como afirma o Blog do Lauro Jardim. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) não tomará nenhuma medida no momento pois aguarda o compartilhamento de todas as provas, solicitado à PF e ao Ministério Público do Distrito Federal. Assim como o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) já sinalizou que está ciente do pedido. Só que depende de um aval da Justiça para liberar a partilha.
Em meados de abril, o site Metrópoles informou que a PF identificou dez pessoas envolvidas no esquema, sendo três com relações familiares com Bruno: o irmão Wander Nunes Pinto Júnior, a cunhada Ludymilla Araújo Lima e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso. Os três apostaram na partida.
Além disso, o portal publicou reproduções de conversas entre o jogador e seu irmão, em que Bruno Henrique aparece avisando a data em que receberia o cartão amarelo. É justamente na partida contra o Santos. Numa das trocas de mensagens, Bruno garante que não receberia o cartão antes: “Não vou reclamar”, “só se eu entrar duro em alguém”, escreve o jogador.
Os investigados foram alvos de operação de busca e apreensão em novembro do ano passado. Na ocasião, Bruno Henrique teve o celular apreendido. O aparelho foi um dos analisados pelos agentes, assim como o de Wander.
Antes da operação policial desta terça-feira, Ênio, já havia levantado suspeitas por um cartão amarelo recebido em partida contra o Vitória, na primeira rodada do Brasileirão. As bets também relataram à CBF um alto fluxo de apostas na advertência ao atacante.
Na ocasião, Ênio se pronunciou por meio de suas redes sociais, garantindo que não fez parte de nenhum esquema e que tomaria as medidas judiciais cabíveis para comprovar sua inocência. Ele foi afastado pelo Juventude na época, mas reintegrado após garantir que a suspeita era inverídica.
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