A mão que puxa a camisa
Foi um daqueles lances distintos e peculiares que ilustram porque o futebol nos fascina — e nos conta tanto sobre o comportamento humano. Aconteceu no último domingo no Maracanã. Eram 27 minutos do segundo tempo. Jogavam Fluminense e Vitória — e o Flu vencia por 1 a 0 quando o colombiano John Arias, talvez o melhor jogador no Brasil atualmente, recebeu livre pela esquerda. Em vez de partir na direção do gol, Arias freou e resolveu girar. Em girando permitiu o assédio de Lucas Halter, zagueiro do Vitória. Halter chegou perto, plantou a mão no peito do colombiano e a fechou — iniciando um puxão. A camisa foi esticada por um décimo de segundo. Assim que sentiu o golpe, Arias caiu. Quase simultaneamente Halter soltou a camisa. Ali começou o infinito debate. Para o torcedor tricolor — a mera existência […]