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O técnico do Borussia Dortmund, Niko Kovac, demonstrou uma certa inveja do tratamento que torcedores brasileiros, argentinos e mexicanos dão à Copa do Mundo de Clubes. O técnico do Fluminense, Renato Gaúcho, pediu a seus jogadores que entrassem em campo com coragem para o confronto de Nova Jersey. As duas declarações, nas entrevistas coletivas da véspera da partida, se somam para resumir o que a competição representa de cada lado do Atlântico. Kovac, que é croata e sabe o que é viver na periferia da Europa, gostaria que o entusiasmo de lá fosse maior; Renato, que já foi campeão mundial fazendo gol em alemão, queria que a distância técnica fosse invertida para cá.
Pois foi. Antes mesmo do apito inicial, a torcida de verde, branco e grená já fazia muito mais barulho do que a muralha amarela – que estava mais para uma cerquinha, confinada a um setor do estádio, como se fosse visitante. E o melhor time em campo no primeiro tempo não carregava uma desvantagem financeira apenas para o adversário; entre os quatro brasileiros que disputam o Mundial, o Fluminense tem o quarto menor orçamento. Mas é o suficiente para manter Jhon Arias, desde os primeiros minutos o jogador mais eficiente em campo, deixando o argelino Bensebaini com um cartão amarelo e muitos cabelos brancos. Por que ele não joga na Europa? É problema dos europeus.
“Amassamos o Borussia!”, exclamou um jovem torcedor tricolor no intervalo da transmissão da TV Globo. Não dá para dizer que ele exagerou, mas um observador mais velho e menos empolgado poderia acrescentar que faltou aproveitar uma das oportunidades criadas. Contra um adversário que pode se dar ao luxo de ter no ataque a habilidade de Adeyemi e o oportunismo de Guirassy e vinha de 26 gols marcados numa série invicta de oito partidas, a falta de efetividade sempre corre o risco de ser punida.
Pois não foi. No segundo tempo, as chances continuaram sendo do Fluminense, e ainda melhores, mas igualmente desperdiçadas: Everaldo passando em vez de chutar, cara a cara (falta de confiança diante das críticas da torcida?), um milagre do goleiro Kobel num rebote de Nonato. Kovac tentou levar a partida para um ritmo que interessava mais ao cansaço pós-temporada de seu time, com trocas de passes curtos, e Renato teve o mérito de não aceitar: suas substituições foram todas para a frente. Só ficou faltando premiar a coragem com um gol.
Na arquibancada, como previsto, a torcida do Fluminense levou vantagem. Mas em campo, na contramão do que se poderia prever, foi o Borussia Dortmund que precisou segurar o 0 a 0 no placar.
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