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Das várias excursões ao redor do mundo representado por estrelados esquadrões que já tiveram Didi, Garrincha e Nilton Santos, até a conquista do título da Libertadores de 2024 com menos um em campo durante os 90 minutos, será difícil encontrar uma vitória maior e mais emblemática na história do Botafogo do que a de ontem, por 1 a 0, contra o PSG. À frente dos atuais campeões da Champions League, que enfileiraram goleadas contra a Inter de Milão (5 a 0) e Atlético de Madrid (4 a 0), os comandados de Renato Paiva fizeram uma partida perfeita do início ao fim e chegaram à primeira colocação do grupo B da Copa do Mundo de Clubes, com seis pontos.
Mais do que emblemática só para o Botafogo, a vitória de ontem é representativa também para o futebol brasileiro e sul-americano. Foi a primeira vez que um time do continente superou um europeu desde o Corinthians contra o Chelsea, em 2012.
— Sobrenatural (o sentimento pela vitória). O PSG é uma grande equipe coletivamente e individualmente, então sabíamos da dificuldade e que tínhamos que dar um pouco a mais. Mas nós sempre acreditamos. Esse grupo fez História e quer continuar fazendo. E temos que nos sacrificar para isso. Os jogadores que chegaram começam a entender o que é esse clube. Não existe impossível para o Botafogo. Podemos perder, ganhar, mas desistir, jamais. É uma vitória importante, mas ainda não acabou. A história continua e precisamos continuar escrevendo — comemorou o capitão Marlon Freitas.
Paiva acerta
Ainda que o Botafogo tenha tido diversos destaques individuais, fato é que o coletivo foi a principal arma do alvinegro para superar os atuais campeões europeus. E isso se deu pela estratégia pensada pelo técnico Renato Paiva. Criticado por ter piorado o time com as substituições que fez no decorrer da vitória (2 a 1) contra o Seattle Sounders, na primeira rodada, o português assumiu as “asneiras”, como definiu, e deu a volta por cima.
Com a entrada de Allan na vaga que havia sido de Mastriani, o treinador português posicionou o alvinegro num 4-3-3 com e sem a bola. Assim, a equipe espelhava o posicionamento do PSG, o que permitia encaixes individuais no meio-campo, setor mais forte do time parisiense. Vitinha, uma das principais estrelas do elenco, praticamente não jogou. Tanto o próprio Allan quanto os normalmente titulares Gregore e Marlon Freitas foram irretocáveis.
Os dois últimos, por sinal, ainda ajudaram a equipe na construção ofensiva. Foi através de uma roubada de bola de Gregore e de passe de Marlon para Savarino que nasceu a jogada do gol de Igor Jesus.
Cada vez mais ídolo
Principais jogadores do Botafogo, o venezuelano e o centroavante ficaram isolados no ataque. Importante para fechar as linhas de passe central, a dupla conseguiu encaixar praticamente o único contra-ataque que a equipe teve. Lançado em profundidade por Savarino, Igor venceu a marcação dupla de Beraldo e Pacho e, após driblar o equatoriano por entre das pernas, ainda contou com desvio na perna do defensor para render Donnarumma.
Já vendido pelo Botafogo ao Nottingham Forest-ING por 20 milhões de euros (cerca de R$ 126 milhões), Igor Jesus, que se apresentará ao time inglês após o torneio nos Estados Unidos, parece fazer questão de continuar fazendo história no alvinegro e marcando seu nome no coração dos torcedores. Representativos por si só, os dois gols do camisa 99 na Copa do Mundo de Clubes devem fazer com que ele cresça ainda mais na já existente idolatria dentro do clube.
— É uma torcida que sempre acreditou no meu trabalho. Estou sempre de corpo e alma pelo Botafogo. Sempre fazendo o meu melhor para que eu possa ajudar a equipe da melhor forma. Essa vitória vai para todos os botafoguenses. Entregamos a eles essa felicidade — se declarou Igor.
Apesar da vitória histórica e dos seis pontos conquistados até aqui, o Botafogo ainda não está confirmado nas oitavas de final. A equipe joga por um empate na próxima segunda, contra o Atlético de Madrid, para avançar em primeiro.
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