
Duas das maiores potências econômicas do futebol brasileiro. Dirigidas por mandatários que colecionaram episódios de altos e baixos desde 2023. Os dois últimos campeões nacionais. É este calibre de confronto que a Filadélfia receberá às 13h do próximo sábado, quando Palmeiras e Botafogo entrarem em campo pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes.
Ambos confirmaram suas vagas ontem, com alguma dose de emoção. Mesmo perdendo por 1 a 0 para o Atlético de Madrid (Espanha), o alvinegro confirmou o segundo lugar em um grupo B que era considerado “da morte”, e no qual uma vitória histórica por 1 a 0 sobre o Paris-Saint Germain (França), atual campeão europeu, fez toda a diferença.
Já o alviverde foi o líder de um grupo A que não se mostrou tão complicado, mas a vaga só se confirmou após o empate por 2 a 2 com o Inter Miami (EUA), um jogo no qual o time brasileiro chegou a estar perdendo por 2 a 0. Os gols de Paulinho e Mauricio, na reta final do segundo tempo, ofereceram um grito de alívio. E por consequência do chaveamento, o confronto brasileiro.
Contra as probabilidades
Apesar de o Botafogo não ter sido primeiro colocado, é evidente que chegará em um momento de confiança ligeiramente maior. Sobretudo, por ter alcançado a grande façanha deste Mundial até agora, ao derrotar o melhor time do mundo na atualidade. Mesmo assim, a equipe de Renato Paiva teve muita frieza para desafiar as probabilidades e avançar ao mata-mata.
A vitória por 2 a 1 sobre o Seattle Sounders (EUA), na estreia, pode ter despertado desconfianças, mas o time fez o necessário para garantir três pontos imperdíveis. Diante do PSG, uma estratégia executada à perfeição, motivo de surpresa para Luis Enrique e companhia. Ontem, uma derrota, digamos, com riscos calculados diante do Atlético.
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O Botafogo sentirá a falta de Gregore, suspenso pelo segundo cartão amarelo, mas tem uma linha de defesa em grande fase, e conta com o poder decisivo de Igor Jesus, que disputa seu último torneio pelo clube, e Savarino para ir às quartas.
Até o final
Do outro lado, o alviverde merece questionamentos, mas mantém o brio que é marca registrada de um time que não se entrega. Se a derrota para o Inter Miami se confirmasse, uma vitória do Porto (Portugal) sobre o Al Ahly (Egito) — jogo terminou empatado em 4 a 4 — era suficiente para a queda precoce. No final das contas, o alviverde buscou o empate suficiente para a liderança.
A única vitória na fase de grupos foi o 2 a 0 sobre o Al Ahly, em placar aberto por um gol contra dos egípcios. Além disso, a equipe martelou os fragilizados portugueses na estreia, mas não foi capaz de vencer.
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Por Abel Ferreira ter um trabalho tão longevo e um elenco tão reforçado nas mãos, o futebol apresentou pelo Palmeiras deveria ser muito melhor. De qualquer forma, o elenco mantém a determinação para buscar os resultados, o que será primordial daqui para frente no Mundial.
Da guerra à paz nos bastidores
O palco é inédito, mas a rivalidade, não. Esta se acirrou há duas temporadas, quando John Textor fez a SAF do alvinegro começar a disputar títulos nacionais, desafiando o Palmeiras. O clube presidido por Leila Pereira terminou bicampeão daquele Brasileirão após o adversário ter feito um dos melhores primeiros turnos da história, e também nasceu uma guerra nos bastidores.
Principalmente, pela vitória paulista por 4 a 3, em novembro de 2023, em virada histórica no Nilton Santos — os cariocas venciam por 3 a 1 —, que desencadeou a fúria de Textor por conta da expulsão do zagueiro Adryelson. O americano passou a fazer acusações de manipulação no futebol brasileiro. Leila foi uma das que tomou a frente para rebater o americano e ambos passaram a se degladiar, com direito a trocas de farpas públicas e ações judiciais.
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A animosidade entre os lados diminuiu gradativamente ao longo do ano passado, com os dois lados cedendo. Hoje em dia, as diretorias se encontram em clima de paz. Enquanto isso, no campo, o Botafogo passou à frente.
O ano de 2024 foi histórico sob o comando de Artur Jorge, com os títulos da Libertadores e do Brasileirão, enquanto o time de Abel Ferreira saiu de mãos vazias. Para piorar, confrontos diretos muito importantes tiveram triunfo alvinegro. Nas oitavas de final da Libertadores, uma vitória por 2 a 1 no Nilton Santos, e um 2 a 2 de tirar o fôlego no Allianz Parque.
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Já no Brasileirão, o Botafogo venceu por 1 a 0 em casa no primeiro turno. E, na reta final do campeonato, uma vitória apoteótica por 3 a 1 em São Paulo. O resultado deu moral para a equipe bater o Atlético-MG em Buenos Aires alguns dias depois, e vencer a Libertadores, assim como foi determinante para o título nacional, alcançado na última rodada.
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