
Recorde está nos 63M€

©IMAGO
Na apresentação de Francesco Farioli como novo treinador do FC Porto, na segunda-feira, André Villas-Boas deixou uma promessa ambiciosa – ou, se quisermos, um sério aviso à concorrência: “Poderemos estar perante o maior mercado de sempre da história do FC Porto.” Uma afirmação carregada de intenções e que, olhando para os primeiros movimentos deste verão, pode mesmo ganhar forma ao longo do defeso.
Para se ter uma noção da fasquia que o presidente azul e branco traçou, é preciso recuar à época de 2019/20, quando os dragões investiram 63,25 milhões de euros em reforços, um valor recorde na história do clube. Na altura, chegaram nomes como os de Luis Díaz, Matheus Uribe, Iván Marcano, Agustín Marchesín, Shoya Nakajima ou Zé Luís, entre outros, numa janela de transferências que visava devolver o FC Porto ao topo do futebol português, o que, efetivamente, acabou por acontecer.
Seis anos depois, Villas-Boas prepara-se, segundo as próprias palavras, para bater atingir uma nova marca histórica na Invicta ao nível do investimento do plantel, e as primeiras movimentações, de resto, apontam nesse sentido. Gabri Veiga, médio espanhol formado no Celta de Vigo, chegou do Al-Ahli por 15 milhões de euros, sendo que Nehuén Pérez, central argentino que já jogou no Dragão na condição de emprestado na época passada, já tinha sido adquirido em definitivo à Udinese por 13,3 milhões de euros, Ou seja, no total, o FC Porto já gastou 28,3 milhões de euros para 2025/26, e o mercado ainda agora começou.
Um novo ciclo, uma nova estratégia?
Tendo em conta as já mencionadas palavras de Villas-Boas, que serviram de base para este artigo, é expectável que os próximos reforços não sejam apenas as chamadas compras de ocasião, mas sim alvos identificados com base num perfil específico: jovens com margem de progressão que se possam valorizar no FC Porto, e jogadores com qualidade para se afirmarem na equipa azul e branca sem necessitarem de muito tempo de adaptação. Por outras palavras, a lógica de investimento aponta para futebolistas que conjuguem rendimento imediato com potencial de retorno financeiro no futuro.
Será curioso vermos ainda se o perfil dos reforços azuis e brancos irá mudar com a chegada de Farioli, um treinador com ideias diferentes dos seus antecessores Martín Anselmi e Vítor Bruno, os dois outros técnicos que lideraram a equipa do FC Porto desde que Villas-Boas assumiu a presidência do clube.
O mercado ainda agora começou
Com mais de de 28 milhões de euros já investidos para a próxima temporada, o FC Porto está, ao dia de hoje, a menos de 35 milhões de igualar o recorde de 2019/20. No entanto, com a ambição assumida pela nova direção e a necessidade de reforçar várias posições do plantel para estar à altura das expectativas, tudo indica que esse valor poderá não só ser igualado, como ultrapassado. Pelo menos, a julgar pelas declarações de Villas-Boas.
Ainda que não seja possível, nesta fase, antecipar com precisão as posições ou os nomes dos próximos alvos, o perfil traçado pelos primeiros reforços é claro: quem chegar tem de ter qualidade e margem de evolução. Se Villas-Boas conseguir cumprir com aquilo que promete, 2025/26 poderá ficar na história como o verão em que os dragões mais investiram, com os olhos postos não só nos títulos, mas também no futuro. Veremos se é isso que acontecerá e se o rendimento dentro das quatro linhas será condizente com esse tal investimento histórico.
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