
A euforia inundou a Colina Histórica ontem, exatamente como sugeria a torcida nos instantes antes da bola rolar em um São Januário lotado. O Vasco e Santos que se desenrolaria ali faz parte desses últimos momentos do quase centenário estádio antes da reforma. Para a torcida cruz-maltina, felizmente, a única do Rio a comemorar uma vitória na 1ª rodada do Brasileirão, terminou com o placar de 2 a 1. O jogo teve tons de drama e dois momentos bem distintos, mudando quando Nuno Moreira e Vegetti apareceram com seus faros decisivos para garantir os três pontos.
A mística do “time da virada” no fator casa insiste em não abandonar o cruz-maltino nem nos anos mais difíceis. O time de Fábio Carille ainda está a alguns passos de apresentar um futebol realmente coeso. No entanto, não apenas conta com talentos individuais que vão fazer de tudo para compensar estas deficiências, como se mostra um grupo que sabe embarcar na onda da torcida nas noites certas.
Ontem, a união foi mais que necessária, após um primeiro tempo em que a equipe deu medo do que viria pela frente pela incapacidade em arquitetar jogadas para assustar o adversário, ou mesmo de acertar os mais simples passes em campo. Realidade oposta ao final, com um estádio pulsante após as jogadas certas serem desbloqueadas, e a combinação de talento português com argentino decretar a festa com gols em lances aéreos.
A torcida lotou as arquibancadas na esperança de empurrar seu time para uma boa largada no Brasileiro, também festejando a volta da principal organizada do clube após mais de dez anos, e a nova iluminação do estádio. No final, até o sistema defensivo se acertou para garantir uma vitória bastante valiosa.

Desde o começo do jogo, os únicos pontos de luz no ataque do Vasco surgiram pela esquerda, pois Nuno Moreira e Lucas Piton conseguiam infiltrar, apesar de não terem ajuda para dar continuidade às jogadas. Naquele momento, o Santos nem exercia o controle da partida e dava a bola, o que pareceu assustar a equipe da casa, que teve três semanas sem jogos oficiais para apresentar valências melhores.
O lado direito estava nulo, e não surpreende que tenha permitido ao Santos abrir o placar. Em jogada simples de saída de bola, Paulinho cometeu o grave erro de entregar um passe na intermediária daquele lado, nos pés de Tiquinho Soares. Aproveitando a defesa cruz-maltina saindo e a falta de combatividade do volante, enfiou para Barreal encobrir Léo Jardim.
Porém, se o time penava para avançar no campo e sempre tomava a decisão errada próximo à meta de Gabriel Brazão, teve uma mudança anímica na segunda etapa. A resposta logo se concretizou quando Piton cruzou para Vegetti, e ele escorou na medida para Nuno consagrar sua atuação.
A partir dali, o Vasco não se tornou imediatamente superior, e Léo Jardim precisou fazer grande defesa em chute de Guilherme. Porém, foi preciso. Vegetti, que já tinha tido grande cabeçada defendida por Brazão, recebeu falta cobrada por Payet, que entrou no lugar de Philippe Coutinho, e instaurou a festa em São Januário.
Começando com três pontos no Brasileirão, o Vasco enfrentará o Corinthians, às 18h30 do próximo sábado. Antes, vai ao Peru enfrentar o Melgar na estreia da Copa Sul-Americana, às 19h da quarta-feira.
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