
O Fluminense foi fundado tão somente para a prática do Futebol e, graças à sua gestão de excelência à época, protagonizou momentos grandiosos ao longo da sua história que, em última análise, confunde-se com a própria história do futebol brasileiro.
Nós, torcedores do Fluminense, construímos o primeiro estádio do Brasil (palco dos primeiros de inúmeros títulos da seleção); participamos ativamente da fundação da primeira Liga, destinada a organizar o primeiro campeonato de futebol em terras fluminenses; somos os primeiros campeões cariocas; sediamos, nas Laranjeiras, o primeiro jogo da história da seleção brasileira; somos os autores do primeiro gol dela (Oswaldo Gomes), do primeiro gol marcado por ela em Copas do Mundo (Preguinho, o maior de todos) e do primeiro gol do estádio mais mítico de todos, o Maracanã (Didi, o Príncipe Etíope); e, por fim, mas não somente, fomos nós que lideramos o processo de profissionalização do futebol brasileiro.
Primeira Copa do Mundo de Clubes e nós não poderíamos estar de fora. E estamos aqui não por convite, mas porque conquistamos nossa vaga em campo, na unha, numa final épica, em nossa casa, contra o Boca Juniors.
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O Fluminense, protagonista de tantos feitos, envergará suas cores diante do planeta, praticando o esporte para o qual foi fundado, motivo único de sua existência.
Faremos isso com a certeza de que torcida estará ao seu lado, da maneira que for, seja aqui em Nova York, seja nas Laranjeiras, seja pelos bares espalhados pelo mundo.
Tricolores de toda a Terra estão rumando para cá. Aviões pousam e imediatamente as cores que traduzem tradição colorem os saguões dos aeroportos internacionais de Nova York.
Andar pelas ruas e esbarrar com milhares de camisas tricolores é um privilégio. Para nós e para o mundo.
Por isso, não posso deixar de agradecer a Oscar Cox, dono da melhor ideia que a Humanidade já foi capaz de ter; a Carlos Alberto Parreira, que assumiu o comando do time no pior momento de sua história; a todas as pessoas que se dedicaram e se dedicam para que o nosso clube viva esse momento de grandeza — que lhe pertence —; e a meu pai, que me fez Fluminense.
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Iniciamos nossa jornada contra o Borussia Dortmund. Mesmas cores do Peñarol, base da seleção uruguaia campeã do Mundo em 1950, no fatídico “Maracanazo”. Em 1952, quando nos enfrentaram, 3×0 para o Fluminense, fora o baile e o título.
Enfrentemos, portanto, o desafio de cabeça erguida, com coragem, e desfrutemos desse momento para o qual nos fundamos.
Que Telê Santana, nosso Fio de Esperança, campeão mundial pelo Fluminense, ilumine todos nós de onde estiver. Assim como Castilho, Píndaro, Pinheiro, Didi, Orlando Pingo de Ouro e todos os demais heróis tricolores daquela conquista fantástica.
Habemus Copa do Mundo de Clubes. Habemus Fluminense.
Que 25 seja 52!
* Leonardo Bagno é o cronista tricolor da ‘On Tour’, coluna do GLOBO que mostra a visão dos torcedores brasileiros nos EUA durante a Copa do Mundo de Clubes
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