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A prova dos 21km da Maratona do Rio, que será realizada neste sábado, a partir das 6h, terá maior controle no funil das largadas. Com 41% do total de inscritos, cerca de 25 mil corredores, esta é a distância mais congestionada do evento. Há dez anos, a meia maratona teve 12 mil inscritos.
O maior festival de corridas de rua da América Latina começa nesta quinta-feira, com a prova dos 5km. No total, 60 mil pessoas correrão quatro provas até domingo (terá ainda 10km e 42km).
Segundo a organização, os 21km teve aumento no número de ondas. Serão 20, com a primeira largando às 6h e a última, às 7h35. Haverá espaçamento de 5 minutos entre elas. Cada onda terá entre 1.200 e 1.500 corredores. Em comparação com os anos anteriores, as ondas estão mais enxutas e com número de corredores padronizados.
As ondas, uma organização da partida em grupos, são necessárias para diluir a corrida durante o trajeto e para melhorar a dispersão. Elas são determinadas pelo tempo/pace do atleta.
— Para o conforto dos atletas, a organização será mais rígida no funil de largada. As ondas deverão ser respeitadas — avisa Cláudio Romano, CEO da Dream Factory, organizadora da prova ao lado da Spiridon. — Tem gente que vai correr com amigo, com um grupo, e cada um está em uma entrada. Bom, não será possível que larguem juntos. Cada um terá de ir para a sua largada. As entradas precisam ser respeitadas e seremos hiper criteriosos. Faz muita diferença respeitar o funil.
Ao pegar o kit, o atleta receberá o número do peito com a indicação de uma letra (de A a P) e uma cor de sua largada (seis diferentes).
Fernando Azeredo, diretor técnico das provas da Maratona do Rio, afirma que as portas de entrada terão seguranças e estafe. E quem não estiver com a letra e a cor correspondentes àquela entrada, não avançará. Esse ano, segundo ele, a visualização na largada, com informação da letra e cor, “é excelente”.
— A corrida é individual, não dá para querer correr ao lado da namorada, com uma equipe inteira. Cada um faz a sua corrida. Ou todos precisam ter o mesmo tempo — opina Fernando. —Claro que a segurança nas entradas não será para aborrecer o corredor. Será para esclarecimento.
Segundo ele, o sistema de ondas foi testado pela primeira vez no Brasil no Desafio da Ponte, em 2013. Entre 2013 e 2018, a Maratona do Rio usou alguns formatos.
Em 2018, quando a maratona teve 14 mil pessoas e meia maratona, 15 mil, a organização usou placas com indicação do pace para que os corredores se colocassem em área compatível com sua performance.
Elas marcavam até 4min/km (elite e os mais velozes), 5min/km, 6min/km e 7min/km — ou seja, quatro ondas. Mas, segundo Fernando, os corredores não respeitaram a sinalização e não se colocaram na área correspondente.
Então, em 2019, as ondas passaram por aperfeiçoamento e os corredores tiveram de informar já no ato da inscrição o tempo pretendido para concluir a prova. No caso dos 21km, atualmente as ondas vão de “até 1h30” a “2h31 a 3h”.
— O conceito é o mesmo, ondas por tempo. Mas, da forma atual, a gente tem mais controle de quantas pessoas entrarão em cada onda e assim calculamos os espaços e as divisões — explica Fernando. — É claro que tem gente que informa o tempo errado, que bomba o pace. A maioria informa o tempo correto. E, se 80% das pessoas informaram o tempo correto, a gente já conseguiu o objetivo de diluir a corrida de forma homogênea.
Para ele, quem informa o tempo errado, prejudica a si mesmo. Afirma que essa “esperteza” não tem serventia, uma vez que a pessoa não conseguirá acompanhar o grupo que indicou e, naturalmente, ficará para trás. Ele lembra que o tempo do atleta só começa a ser contado no momento que ele cruza o pórtico (tempo líquido).
— Hoje, sem dúvida nenhuma, nosso sistema de ondas é o melhor da América do Sul. Vem gente aqui filmar a nossa largada porque ela foi evoluindo. A gente foi aprendendo também, ouvindo o corredor e melhorando.
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