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O bom desempenho do Fluminense na estreia da Copa do Mundo de Clubes, anteontem, rendeu elogios de jornais do exterior, que apontaram como injusto o placar final de 0 a 0 contra o Borussia Dortmund, e também de técnicos estrangeiros. Se o título ainda é um sonho difícil para os clubes brasileiros, atuações de fôlego diante dos grandes clubes da Europa já são, por si só, capazes de ajudar na tão desejada internacionalização da marca, avaliam especialistas em marketing esportivo.
Entre os principais jornais esportivos da Alemanha, o Kicker destacou que o Tricolor foi um adversário “complicado”, e que o empate virou até um resultado positivo para o time alemão. Na mesma linha, o Bild reconheceu que a equipe brasileira merecia sair com os três pontos.
A repercussão não se limitou à Alemanha. Os espanhóis Diario AS e Mundo Deportivo e o argentino Olé ressaltaram a superioridade do time de Renato Gaúcho no confronto. Por outro lado, a falta de pontaria nas finalizações entrou como marca negativa na análise do empate.
Nas redes sociais, John Arias foi um dos nomes elogiados. O repórter Eduardo Burgos, do AS, o chamou até de “Pelé colombiano”.
Valor ‘real e duradouro’
A atuação tricolor também contribuiu para a opinião positiva de treinadores estrangeiros sobre os clubes brasileiros. Pep Guardiola (Manchester City), Xabi Alonso (Real Madrid) e Simone Inzaghi (Al-Hilal) valorizaram a qualidade que Palmeiras, Botafogo, Flamengo e Fluminense exibiram até aqui.
Alexandre Vasconcellos, especialista em mercado de patrocínios e gerente regional da Flashscore no Brasil, pontua que o efeito positivo do desempenho tricolor se concretizou imediatamente após a partida, quando torcedores alemães compraram produtos do Fluminense nas lojas oficiais do estádio.
— Ganhar o respeito de torcedores e analistas internacionais é talvez o maior valor de marca possível de se obter nessa Copa do Mundo de Clubes. A reputação do que é feito em campo transcende qualquer tipo de narrativa, pois cria real e duradouro valor nas pessoas — explica Vasconcellos, que cita a necessidade de se aproveitar esse engajamento. — A missão deve ser de continuar a manter o nível em campo e fazer ações sólidas fora dele, para amplificar a marca.
Já Bruno Brum, CMO da Agência End to End, hub de soluções para o mercado esportivo, destaca que a visibilidade internacional potencializa o interesse de mais patrocinadores, atrai mais público nas redes e fortalece negociações por direitos de transmissão.
— No marketing esportivo, performance esportiva é um vetor estratégico de exposição global. Quando um clube brasileiro enfrenta um adversário europeu de grande porte em um palco internacional e recebe elogios da imprensa e de profissionais estrangeiros, ele ganha algo que o dinheiro não compra: a reputação espontânea em mercados-alvo — afirma Brum, que também cita a necessária continuidade das ações fora de campo em busca da internacionalização da marca, com ações digitais em outros idiomas, licenciamento de produtos para novos mercados, presença em plataformas globais e consistência esportiva.
De volta a Colúmbia, cidade que o Tricolor tem usado como base nos Estados Unidos, o meia Martinelli, um dos destaques contra o Borussia Dortmund, apontou, ontem, a intensidade do Fluminense na partida como consequência da sequência de treinamentos:
— Em muitos jogos no Brasil, você não consegue se recuperar 100% para todo jogo. Aqui, a gente teve uns 15 dias, conseguiu treinar forte, fazer trabalho de academia. Isso deu uma enchida na caixa de todo mundo para começar bem a competição.
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