Bayern de Munique tem domínio pouco eficiente contra o Boca Juniors e quase põe classificação em risco na Copa de Clubes; análise

Embora já esteja classificado, o Bayern ainda vai precisar definir sua posição no grupo C. O time alemão lidera, com seis pontos, dois a mais que o Benfica-POR. Já o Boca, com apenas um, ainda pode tomar o lugar dos portugueses.

O resultado representou ainda a primeira vitória de um clube europeu sobre um adversário da América do Sul. Até então, já haviam sido cinco confrontos, com duas derrotas e três empates.

O Bayern teve maior posse de bola e ditou o ritmo da partida praticamente ao longo dos 90 minutos. Os números da partida dão uma ideia deste domínio. Os alemães tiveram a bola nos pés em 72% do tempo e finalizaram 11 vezes contra seis dos argentinos.

O primeiro gol não demorou a sair. E foi de Harry Kane. Logo aos 17, a bola sobrou em seus pés após corte de Advíncula. Ele não perdoou e finalizou no canto esquerdo do goleiro Marchesín.

O Bayern poderia ter ido para o intervalo com uma vantagem bem maior. A etapa inicial foi disputada quase que por inteiro na área do Boca. A linha de cinco ofensiva do time do técnico Vincent Kompany, com a aproximação de Kimmich e de Goretzka por trás, empurrou os argentinos contra sua própria área.

O lado direito de ataque, com as trocas de posições entre Olise e Laimer, foi o principal caminho do bayern para chegar ao gol. Mas os alemães tiveram muita dificuldade em converter estas chances, seja por falta de capricho nas finalizações, pelas defesas de Marchesín ou pelo azar, como no lance em que Coman furou diante do gol vazio.

O Boca jogava por um contra-ataque. E já vinha se mostrando perigoso antes de achar o gol. O goleiro Neuer fez ao menos duas defesas difíceis até que, aos 20 da etapa final, nada pôde fazer diante da bela jogada individual de Merentiel. O uruguaio recebeu ótimo passe de Velasco, driblou Stanisic com uma meia-lua e concluiu na saída do camisa 1 do Bayern.

A partir daí, o Boca cresceu na partida e passou a incomodar mais. Mas não criou nenhuma outra grande chance e cansou. Foi aí que cometeu seu maior pecado. O técnico russo tirou Velasco e Merentiel, únicos escapes da equipe, povoou a grande área e esperou o jogo acabar.