
Santos adiou possível transfer ban com recurso no CAS (Foto: Raul Baretta/ Santos FC.)
O Santos tomou a atitude de entrar na Corte Arbitral do Esporte (CAS) com um recurso para reverter a punição emitida pela Fifa relativa a uma dívida mantida pelo clube com o Arouca (Portugal) pela compra do zagueiro João Basso e impedir a chance de levar um ‘transfer ban’. O que não deixou os dirigentes do clube português nada contentes.
Em entrevista ao GE, Joel Pinho, diretor-geral da equipe, disparou contra a decisão do Peixe ir ao CAS contra a decisão que lhe obrigava a pagar os US$ 2,5 milhões (R$ 15,9 milhões) devidos na transferência. Na visão do dirigente, os santistas teriam feito tal procedimento para ‘ganhar tempo’ em relação ao processo de pagamento do débito, até mesmo citando gastos altos com atletas como Neymar para justificar tal ponto.
“É inaceitável que uma equipe que tenha o Neymar e contratou o Benjamin Rollheiser por 12 milhões de euros na última janela não ter 2,5 milhões de euros para pagar o que deve. Usar o CAS para ganhar tempo não é algo de um clube sério, é inacreditável. O Santos sabe que tem que nos pagar. Eles não tem nenhum argumento válido. Só querem ganhar tempo”, disparou Pinho.
Recurso atrasa julgamento
Nos últimos dias, o Peixe foi ao CAS e conseguiu um recurso para que o tribunal julgue o mérito da decisão da Fifa de obrigar a pagar o Arouca. Com isso, o caso poderá se desenrolar por mais tempo, podendo ser julgado em um período que se estenderia de seis meses a até um ano, segundo as previsões do departamento jurídico.
A necessidade de se apreciar o recurso faz com que a Fifa não possa punir o clube com o ‘transfer ban’ pelo não pagamento da dívida com os portugueses. Os santistas tinham até terça-feira (24) para pagar ao Arouca sob o risco de serem proibidos de contratar, o que prejudicaria os planos do clube da Vila Belmiro na janela de transferências do meio do ano
Entenda o caso
Em julho de 2023, o Santos se comprometeu a pagar o valor de 2,5 milhões aos portugueses por João Basso, mas apenas pagou uma das parcelas da negociação, que seria de 500 mil euros. Os valores restantes foram cobrados pelo Arouca (além de juros e multas), que sem conseguir acordo com o Peixe pela quitação do débito, decidiu entrar na Fifa.
A entidade deu razão ao time de Portugal e ordenou que, em um prazo de 45 dias (que se encerraria na terça), pagassem o dinheiro da negociação do zagueiro ou sofreriam o ‘transfer ban’, este que o recurso no CAS impediu de acontecer. Uma tentativa santista de buscar parcelar os valores foi recusada pelo Arouca.
“O Arouca não é banco e a dívida já tem dois anos. Não faz sentido algum pagamento parcelado”, afirmou Pinho.
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