
Lugano, em ação pelo São Paulo (Paulo Pinto / saopaulofc.net)
Lugano vê uma necessidade extracampo para o São Paulo reassumir o status de potência no Brasil. Ressaltando que uma série de profissionais competentes passaram pelo clube, o uruguaio sugere um impacto fora dos gramados para renovar a energia do Tricolor. Neste cenário, para estabelecer outra etapa e causar uma sensação de privilégio, o ex-jogador apoia reformas no MorumBIS e no CT da Barra Funda.
“Os times igualaram o São Paulo, não passaram, eles igualaram. Só que se você tem uma casa muito bonita faz 30 anos e o seu vizinho fez a mesma casa no ano passado, está com uma energia que desfruta mais que você. O São Paulo precisa se reformular mais na estrutura física do que nomes […] Se não reformar o MorumBIS, mas reformar o CT para que os jogadores se sintam em um lugar privilegiado. Tem que mudar algo. Não são nomes. Já passaram Muricy, Rogério, Lugano, Raí, Leco, Julio, Juvenal… é algo além.”, disse Lugano, ao podcast “Entre Amigos”, de Flavio Prado.
Na sequência, Lugano destacou os estádios de Palmeiras, Corinthians e Grêmio como locais que contribuíram esportivamente e financeiramente para os clubes. Em contrapartida, Vila Belmiro e São Januário, pendentes de melhorias, seguem refletindo o período sem títulos de Santos e Vasco, respectivamente.
“Se você vê o Palmeiras, começou a ganhar depois do Allianz Parque, o Corinthians começou a ser protagonista, o Grêmio foi campeão da Libertadores… estou errado ou não estou? O Vasco não se reformula e não consegue crescer, o Santos não consegue crescer. Não é 100% o motivo, mas tenho certeza que é parte do problema.”, prosseguiu.
Inspiração para o São Paulo
Abrangendo o ponto de vista, Lugano enfatizou que gigantes da Europa, caso do Real Madrid, modernizaram seus estádios ao longo dos últimos anos. Levando em conta o patamar do São Paulo, tricampeão mundial, o uruguaio espera que o MorumBIS, em breve, tenha uma estrutura capaz de fazer jus ao Tricolor.
“O Real Madrid fez o novo Bernábeu, o Bayern fez uma nova arena em Munique, o Tottenham e o Atlético de Madrid têm estádios maravilhosos. Renovaram a energia. Eu acho que passa muito por isso no São Paulo. Na minha época também tinham erros políticos, mas havia energia de inovação e o primeiro em tudo que fazia se sentir diferenciado.”, externou.
Lugano recorda diferencial no futebol brasileiro
Em relação ao passado vitorioso em que faz parte do elenco, Lugano lembrou que o São Paulo não tinha o elenco mais caro do Brasil. No entanto, o clube tinha o aspecto estrutural exemplar e que contribuiu para os títulos históricos conquistados entre 2005 e 2008. Por conta disso, embora outros clubes pagassem melhor, o sentimento de fazer parte do Tricolor causava uma sensação única.
“Falta energia. Não tem a ver com treinador, jogadores e nem com o presidente. Na minha época, quando eu cheguei, o São Paulo não era a folha mais cara do Brasil. Quando a gente foi campeão mundial, da Libertadores e do Brasileiro, Palmeiras, Corinthians e Flamengo tinham folhas maiores que o São Paulo, como é hoje. Mas era o time que oferecia a melhor estrutura para trabalhar, o CT com grandes profissionais e o único estádio privado do país… você sentia que estava no auge e em um time top.”, relatou.
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