Em ascensão e possível titular do Chelsea, João Pedro reencontra Fluminense no Mundial

Centroavante, ele disputa a vaga de Liam Delap, suspenso pelo segundo cartão amarelo, com Nicolas Jackson.

— Acredito que João possa jogar em todas as posições do ataque. Aberto, como camisa dez e como camisa nove. É diferente de Nico, que vejo apenas como um nove — disse o técnico do Chelsea, Enzo Maresca, mantendo o mistério.

Em entrevista coletiva após treino, João contou que treinava no Rio enquanto a negociação acontecia.

— Sabia que havia o interesse, então estava treinando mais forte. Quando me chamaram para o Mundial, estava pronto. Não 100%, mas pronto o suficiente para chegar e treinar.

Trajetória relâmpago

João Pedro é parte da geração de Xerém que tinha nomes como Luiz Henrique e André. Também é contemporâneo de outros grandes nomes do futebol brasileiro, como Rodrygo, Yuri Alberto e Gabriel Martinelli.

Alto, incisivo e de boa finalização, já chamava atenção na base. Aos 17, já tinha sido negociado pelo Flu para o Watford-ING antes mesmo de estrear profissionalmente. Teve um início avassalador com a camisa tricolor. Em 37 jogos, marcou 10 gols e deu duas assistências. Seu melhor momento foi em maio de 2019, quatro meses depois da estreia no profissional, quando marcou sete gols em quatro partidas— na partida mais marcante, fez um hat trick no 4 a 1 sobre o Atlético Nacional-COL pela Sul-Americana.

— Tenho que fazer o meu trabalho. Até porque, claro, sou muito grato por tudo que o Fluminense fez por mim. Mas não posso deixar de fazer o meu trabalho — disse, dando a entender que não vai comemorar um eventual gol.

No Watford, jogou a segunda divisão inglesa duas vezes, virou capitão e amadureceu dentro e fora do campo. Pelo Brighton, uma das sensações entre os clubes “médios” da Premier League, se desenvolveu ainda mais como um atacante completo. Somou 40 participações em gols (30 gols e 10 assistências) em 70 jogos e chamou a atenção dos blues e da seleção brasileira.

João é uma das esperanças de camisa nove para o Brasil, função em falta na atual geração e sua preferida. Ganhou chances com Fernando Diniz e Dorival Júnior, mas ainda não se firmou. Pelos degraus que já subiu na carreira, ainda tem muito tempo para isso.