
Eric Faria durante programa “Seleção Sportv” (Reprodução – Grupo Globo)
Eric Faria subiu o tom contra a Fifa após João Pedro ter sido decisivo no confronto que garantiu a classificação do Chelsea sobre o Fluminense, nesta terça-feira (08), pelas semis do Mundial de Clubes. No entendimento do comentarista, a entidade errou feio ao permitir que os times classificados ao mata-mata pudessem fortalecer seus respectivos planteis.
No entendimento dele, os gigantes do Velho Continente possuem realidade financeira muito superior aos times sul-americanos, por exemplo, onde um grande investimento pode ser determinante na disputa. Autor dos dois tentos que garantiram o Fluminense na final do Mundial, João Pedro foi contratado na janela do torneio, com os britânicos desembolsando 55 milhões de libras (cerca de R$ 411 milhões) para trazer o atacante recém convocado à seleção brasileira, que se destacou pelo Brighton, na última edição da Premier League.
“Me incomoda o regulamento da Fifa. O cara que definiu o jogo hoje foi o João Pedro, o Chelsea poderia ganhar com gol do Jackson, do Enzo, mas ele estreia contra o Palmeiras, não estava inscrito na competição, chegou e fez a diferença. Todo mundo pode fazer isso (liberdade para reforçar), mas ninguém tem R$ 600 milhões para tirar do bolso e comprar um jogador”, iniciou Eric Faria.
“De alguma forma, a Fifa vai beneficiar os europeus e os mais ricos. Isso, pra mim, desequilibra a competição. Esse dispositivo não pode existir”, avaliou o jornalista do Grupo Globo.
Regulamento questionado por Eric Faria ainda libera “substituições”
Além de permitir a inscrição de dois novos reforços por time para o mata-mata, o regulamento detonado por Eric Faria possibilitou que os times pudessem fazer mudanças entre os inscritos do Mundial, visando preencher eventuais lacunas de jogadores em fim de contrato. A “brecha” dada pela Fifa permitiu com que até seis novidades fossem inscritas depois da fase de grupos, incluindo as duas contratações.
O período de vigência da janela foi de 27 de junho a 3 de julho, com os 16 times classificados ao mata-mata podendo trazer mudanças em suas respectivas lista de relacionados. O Chelsea, por sua vez, foi a equipe que trouxe justamente o reforço mais caro, desembolsando mais de R$ 411 milhões. Clube formador do jovem atacante, o Fluminense embolsou R$ 10 milhões, pelo mecanismo da Fifa.
Fluminense embolsa altas cifras
Por falar em grana, o Fluminense encerra sua participação no Mundial de Clubes com o quarto maior volume de arrecadação entre os 32 participantes, fechando a disputa com R$ 329 milhões. O montante representa quase a metade do orçamento total da última temporada, que inclui premiações e também as vendas expressivas, entre elas a do volante André, para o futebol inglês.
Após a eliminação no Mundial, o Tricolor agora volta os holofotes para a disputa do Brasileirão e demais competições onde segue vivo (Sul-Americana e Copa do Brasil). Com o adiamento do compromisso contra o Mirassol, pela 13ª rodada, o time de Renato Gaúcho só retorna aos gramados no dia 17 de julho, quando encara o Cruzeiro, fora de casa.
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