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Dentre as conclusões distorcidas que os resultados no futebol nos levam a chegar, o Mundial de Clubes chega à sua decisão com uma certeza: o PSG, melhor time do mundo na atualidade, estará lá. Depois de conquistar a Liga dos Campeões com uma goleada sobre a Inter de Milão por 5 a 0, a equipe francesa iniciou o mata-mata do torneio da Fifa com um 4 a 0 no Inter Miami, fez 2 a 0 no Bayern de Munique e coroou a vaga na final com um atropelo sobre o Real Madrid, com três gols em 24 minutos e goleada no fim. Fabian Ruiz, duas vezes, Dembelé e Gonzalo Ramos marcaram no 4 a 0. Agora, a equipe comandada por Luis Enrique vai pegar o Chelsea, domingo, em Nova Jersey.
Se ao longo do torneio as análises apontaram para uma diferença um pouco menor do que o esperado entre as equipes da Europa e do resto do mundo, o que se viu na segunda semifinal foi o abismo que é possível atingir ao se equiparar dois clubes em momentos completamente distintos, ainda que com investimentos semelhantes. Desde a saída de Mbappé, o PSG de Luis Enrique cresceu com um projeto coletivo e menos dependente de grandes estrelas. Já o Real Madrid iniciou agora uma reformulação depois de deixar escapar a Champions e a La Liga e ver Ancelotti se despedir para a seleção brasileira. A chegada bombástica do atacante francês cumpriu a cota do clube de grandes contratações, mas o recém-chegado técnico Xabi Alonso ainda precisará dar uma nova cara ao time espanhol para a próxima temporada.
Mbappé se confirma como passado
Esse contexto colocado ajuda a contar a história do jogo. Com Mbappé como titular no lugar de Alexander Arnold, machucado, Xabi improvisou Valverde na lateral direita. Na frente, três atacantes – Gonzalo, Mbappé e Vini Jr. Resultado: com um time mais dinâmico com e sem a bola, o PSG dominou o jogo desde o primeiro minuto e não deixou o Real respirar. Como ressaltou o técnico Luis Enrique na entrevista pré-jogo, Mbappé era passado, e isso se provou na prática no reencontro.
No primeiro gol, a pressão na saída de bola levou ao erro de Ascêncio, e Fabian Ruiz marcou, aos 2 minutos. Aos 8, Dembelé apertou e foi a vez de Rudigger falhar. O atacante saiu sozinho e tocou na saída de Courtois. O goleiro já havia feito dois milagres nesse meio tempo. Na tentativa de sair em velocidade com Vini, o Real errava e o PSG voltava à carga para matar o jogo ainda no primeiro tempo. Fabián Ruiz recebeu de Hakimi, dominou e fez mais um aos 24.
O primeiro tempo poderia ter terminado com mais gols, diante da supremacia do PSG, que teve posse de bola de 63% e finalizou 12 vezes, seis delas no gol. O Real, apenas quatro, duas no alvo. O desequilíbrio era escancarado. Mbappé e Vini Jr assistiam ao passeio, sem retornar para ajudar na marcação, o que gerava uma sobrecarga ao sistema defensivo dos merengues. Mesmo sob vantagem, o PSG seguiu com o pé no acelerador no segundo tempo.
Com um jogo baseado em associações e ultrapassagens, vencia praticamente todos os duelos. E colocava dois a três jogadores na região da bola, ou para recuperá-la. Hakimi, Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e Dembelé imprimiam velocidade e dinâmica impressionante. Pareciam estar em todos os lugares do campo. O que impedia qualquer sinal de domínio do Real Madrid. Com o jogo nas mãos, Luiz Henrique começou a dar descanso aos principais jogadores.
Aos 15 minutos, Dembelé e Kvaratskhelia saíram. Barcola e Gonzalo Ramos foram a campo. A estrutura se manteve a mesma. O Real Madrid respondeu com as saídas de Vini Jr e Bellingham. Modric e Brahim Diaz foram para o jogo. O time espanhol teve um pouco mais de ânimo para tentar reagir, mas nas poucas jogadas que conseguia pisar na área, o PSG se recuperava. O único que conseguia vencer os duelos individuais era Mbappé, mas era muito individualista, e sempre havia um ou dois para ir atrás e anular o atacante. Nos últimos minutos, o PSG ainda se preservou. No último esforço, fez linda jogada, tabelou na grande área como em um video-game, e Gonzalo Ramos empurrou para a rede, provando gritos de “olé” da torcida no estádio Metlife.
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