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O Botafogo apresentou, no início da tarde desta segunda-feira, a contratação de Davide Ancelotti como novo técnico do time principal. Ao lado de John Textor, dono da SAF alvinegra, e com a presença de toda sua comissão técnica, o treinador italiano foi recepcionado com uma camisa do time personalizada com seu nome e o número 7 e, em português, falou as primeiras palavras como profissional do clube.
— Estou muito agradecido. Agradeço à diretoria do clube, o Botafogo e ao John pela confiança e pelo esforço de ter nos acompanhado no jogo em Brasília. Isso foi muito importante para nós. Foi uma semana intensa, com muito trabalho e de muita emoção. Fiquei muito contente de conhecer a todos, a diretoria, a comissão, os profissionais e aos jogadores. Tudo foi muito bonito, incluindo o jogo. Muita felicidade — disse Davide.
Logo de cara, Davide Ancelotti tratou de eliminar alguns rumores de que teria sua atenção dividida entre o Botafogo e o cargo de auxiliar na seleção brasileira, treinada pelo seu pai, Carlo Ancelotti. O italiano de 35 anos foi liberado pela CBF, mas deve retornar excepcionalmente à amarelinha em data próxima da Copa do Mundo de 2026.
— Eu sou o treinador do Botafogo. Minha concentração é (total) para o clube. Só estou comprometido com o clube. De agora até o final da temporada, vou estar 100% com o Botafogo. Minha cabeça está no clube. Não penso em outra coisa. Para a Copa do Mundo no ano que vem, vamos ver o que vai acontecer. Mas agora estou feliz de ser o treinador do Botafogo — afirmou.
Integrado no dia a dia do Botafogo há uma semana, Davide Ancelotti também explicou um pouco do estilo de jogo que pretende colocar em prática no time e suas pretensões para a temporada.
— O Botafogo é um clube que tem uma exigência muito grande, pela história e os jogadores de qualidade que tem. Sei que há exigência. Mas o presidente não falou comigo de ganhar títulos. Falou que temos que jogar e estou alinhado com ele. Temos que representar os valores do clube e jogar com coragem, um futebol atrevido. Vou trabalhar duro com a minha comissão técnica para conseguir isso. Sabemos que os resultados são importantes, então temos que trabalhar duro e ganhar partidas. E agora vamos nos preparar para o próximo jogo e preparar a vitória — detalhou.
Veja outras respostas de Davide Ancelotti na apresentação no Botafogo:
Seu estilo de jogo encaixa com o que é pretendido pelo clube?
Falando de valores do clube, a missão, a paixão, a coragem de ser um clube diferente, estamos alinhados. Acredito que no futebol de hoje, um time tem que jogar bem e saber fazer muitas coisas para poder ganhar. Tem que ser organizado, disciplinado e vamos trabalhar duro para conseguir isso. Mas eu acredito que os jogadores têm que representar os valores do Botafogo, que são claros para todos. Tem um sistema, mas isso tem que ser claro. Temos que jogar com coragem, somos um time campeão. Temos que jogar com funcionalidade, com coragem e com todos os valores que esse clube tão grande representa
Relação com o pai
Estou muito feliz de ser o filho de Carlo, me sinto orgulhoso disso, mas agora a minha trajetória começa. Sei que tenho que demonstrar e trabalhar duro, e vou fazer isso. Demonstrar com resultados e com trabalho. Minha trajetória começou no último jogo e agora vou passo a passo, com calma mas com muita ambição. Não pesa em nada (ser filho do técnico da seleção brasileira). Só estou concentrado no meu trabalho e preparado para o próximo jogo.
Meu pai está muito feliz de estar mais perto do filho. Ele pensa como eu, que não tinha clube e lugar melhor para começar minha trajetória.
O que mais aprendeu com o pai como treinador?
Que as pessoas do clube e os jogadores são muito importantes. Para mim, no mundo do futebol as relações pessoais são muito importantes. Essa foi a melhor coisa que meu pai me ensinou.
Bom domínio do português
Falo bem português porque tenho capacidade de aprender rápido. Falava muito castelhano e espanhol com os jogadores. Acredito que tenho que fazer isso por respeito ao clube, aos torcedores e aos profissionais. Então, eu me esforço muito para aprender rápido. Quando fui para a seleção, em junho, não sabia uma palavra. Agora falo um pouco mais.
Estratégia adotada contra o Vasco
A ideia contra o Vasco foi de ser agressivos no começo do jogo, nos tiros de meta dele. Sabemos que os times do Diniz são difíceis de se enfrentar, mas queríamos ter essa ambição de fazer a pressão alta no início. Comecei com essa escalação, mas todos vão ter oportunidade. Vi nos treinos que o Nathan (Fernandes, autor do segundo gol) tem a possibilidade de ser um atacante e ele foi uma boa mudança para o contexto do jogo. Tinha muito espaço para atacar nas transições. Entrou muito bem e com atitude muito boa, com gana de atacar s espaços. Ele atacando as costas das defesas pode ser muito perigoso.
Estilo de jogo que pretende colocar em prática
Tem que ser uma equipe que saiba ganhar de formas distintas. Mas claramente queremos ser uma equipe que jogue um futebol vertical. Os torcedores gostam que tenhamos ambição e coragem. Os valores do clube são muito importantes para mim e são muito claros para os jogadores. Queremos um futebol que represente os torcedores do Botafogo. E depois, no futebol temos que nos adaptar ao contexto do jogo. Acredito que para ganhar, uma equipe inteligente é uma equipe que sabe se adaptar.
Temos um centroavante, que é o Arthur Cabral, que tem características que precisamos nos acostumar a jogar com ele. Então é isso, se adaptar. Na saída de bola temos que ter uma ideia e temos um centroavante que pode manter a bola para nós. Criar situações para que ele seja importante. E também, quando atacamos, temos que ser uma equipe perigosa, que não joga com a posse de bola sem ter a vontade de ser perigosa. Então estamos trabalhando nisso, mas vamos precisar de tempo e treinos. Não vamos ter muitos, mas também podemos melhorar com os jogos.
Já falou com a diretoria sobre reforços?
Essa é uma pergunta para o presidente (John Textor). Eu só quero explorar ao máximo o talento dos jogadores que temos. Temos jogadores incríveis, com muito talento, na base também. Temos jogadores que têm potencial. Eu agora estou focado em conhecê-los melhor, principalmente pessoalmente, mas como jogadores também.
Experiência diferente com o gramado sintético
O gramado sintético tem que ser uma vantagem, claramente. Temos que aproveitar isso para jogar um futebol com poucas pausas. Eu, vindo da Europa, vejo que há diferença também nos treinos e nas pausas. Temos que fazer o treino com mais ritmo, mais curto, e o jogo tem que ser o mesmo. Temos que jogar um futebol de alto ritmo, e em casa isso pode ser uma vantagem.
Quais são as pretensões para a temporada?
O Botafogo é um clube que tem uma exigência muito grande, pela história e os jogadores de qualidade que tem. Sei que há exigência. Mas o presidente não falou comigo de ganhar títulos. Falou que temos que jogar e estou alinhado com ele. Temos que representar os valores do clube e jogar com coragem, um futebol atrevido. Vou trabalhar duro com a minha comissão técnica para conseguir isso. Sabemos que os resultados são importantes, então temos que trabalhar duro e ganhar partidas. E agora vamos nos preparar para o próximo jogo e preparar a vitória.
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