Estreia de Diniz em São Januário supera expectativa e dá confiança ao Vasco com vitória convincente; leia análise

— A gente precisava voltar a vencer e ganhar confiança. Acredito que o Fernando (Diniz) é muito importante para nós. Em pouco tempo, ele mostrou que é um cara diferente e vai melhorar (o desempenho) e a mentalidade do time — disse Vegetti.

Tranquilidade no início

O time de Diniz não poderia começar o jogo de melhor forma. Em um escanteio curto cobrado por Coutinho, Hugo Moura achou um passe na medida para Nuno Moreira bater com categoria no canto esquerdo do goleiro João Ricardo. A abertura do placar logo de cara deu mais tranquilidade para a equipe se soltar no jogo.

Ao estilo do novo treinador, a defesa cruz-maltina adiantava sua linha de marcação para recuperar a bola o mais rapidamente possível. Conhecido pela verticalidade nos contra-ataques, o Fortaleza de Vojvoda levou perigo ao explorar as costas dos zagueiros e laterais.

Só que a equipe cearense “pagou na mesma moeda”. Depois de uma pressão inicial, o Vasco adotou uma postura mais cautelosa e deixou de fazer tanta questão de ficar com a bola, o que soa até controverso sob o comando de Diniz. Com espaços nas beiradas do campo, principalmente com a velocidade de Rayan pela ponta direita, a estratégia passou a fazer sentido, mas as tomadas de decisões erradas se acumularam no terço final do campo na primeira etapa.

Pouco participativo no primeiro tempo, Vegetti mostrou novamente por que é artilheiro da equipe e do Brasil na temporada — com 17 gols. Com menos de um minuto na segunda etapa, o argentino aproveitou cruzamento preciso do lateral Paulo Henrique para fazer 2 a 0. Aos 34 minutos, o Vasco liquidou a fatura. Lucas Piton recebeu de Nuno Moreira pela esquerda e rolou para Vegetti, que marcou seu segundo gol na partida e se igualou a Arrascaeta na artilharia do Brasileiro, com sete gols cada um.

Desfalque no clássico

Contestado pela torcida nos últimos jogos, Coutinho não só participou do primeiro gol do Vasco, como também impressionou pela intensidade com e sem a bola. Aos 32 anos, o meia ainda busca encontrar sua melhor versão física e técnica.

Com uma atuação que merecia elogios até então, o “cria” de São Januário foi expulso aos 22 do segundo tempo ao cair na provocação de Marinho, que também recebeu o cartão vermelho por cotovelada em Lucas Piton logo após entrar em campo. O camisa 11 será desfalque de peso para o clássico contra o Fluminense no próximo sábado (24), no Maracanã.