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As quartas de final de Roland Garros guardam duas surpresas que tiraram, momentaneamente, os holofotes dos principais tenistas da atual edição do Grand Slam no saibro francês: o irreverente cazaque Alexander Bublik, que enfrenta o número 1 do mundo Jannik Sinner, e a estreante francesa Loïs Boisson, que encara a russa Mirra Andreeva. Ambos os jogos serão na manhã desta quarta-feira, na quadra principal Philippe Chatrier.
Os dois tenistas não chamaram atenção apenas por suas vitórias diante de favoritos — o cazaque venceu o número 5 do mundo, Jack Draper, que eliminou João Fonseca; a russa derrubou a americana Jessica Pegula, terceira do ranking da WTA. Tanto Bublik quanto Boisson se tornaram protagonistas pelo estilo de jogo ou por fatores inusitados.
Saque por baixo
Com 1,96m de altura, Bublik é conhecido por seu estilo de jogo imprevisível e ousado. Principalmente, pelos saques por baixo — muitas vezes criticado por adversários e especialistas —, golpes entre as pernas e jogadas de efeito que surpreendem os rivais e fãs. Seu comportamento irreverente em quadra, é muitas vezes comparado ao do australiano Nick Kyrgios, conhecido pelas discussões com arbitragem, tenistas e até o público.
Atual 62º do mundo, o cazaque atingiu sua melhor colocação no ranking da ATP em 2024, quando foi à final do ATP 500 de Dubai e chegou a 17º do mundo. O tenista de 27 anos tem quatro títulos na carreira (Montpellier, Antuérpia, Halle e Metz) e mais de 8 milhões de dólares em premiação.
O estilo curioso pôde ser visto pelos brasileiros no confronto com João Fonseca na final do ATP 250 de Phoenix, em março deste ano. O carioca venceu o cazaque por 2 a 0 e conquistou seu primeiro título.
Patrick Mouratoglou, renomado treinador francês, comentou sobre Bublik:
— Ele precisa desses momentos criativos para se divertir no jogo. E é assim que ele joga bem. É extremamente importante tirar o estresse durante uma partida fazendo algo diferente — disse o técnico, em entrevista à imprensa especializada há alguns anos.
Mas não é apenas em quadra que ele chama atenção. Fã de Eminem, visitante assíduo de museus — como o Louvre — e pai do pequeno Vasily, Bublik vive o tênis com leveza. “Não sou como Rafa, Novak ou Roger. Eu jogo do meu jeito”, já declarou em entrevistas.
Zebra estreante
Aos 20 anos, Loïs Boisson, classificada como número 361 do mundo, vive um conto de fadas em Roland Garros. Estreante no torneio, ela causou espanto com seu estilo de jogo agressivo e técnico. Especialmente, na vitória de virada sobre a terceira cabeça de chave, Jessica Pegula, por 3/6, 6/4 e 6/4, que a levou às quartas de final e às manchetes.
Com o resultado, Boisson deve saltar para o top 120 no ranking da WTA— podendo até atingir o 68º lugar, caso supere Andreeva nas quartas. Ela já garantiu pelo menos US$ 500 mil em prêmios no torneio, mais do que em toda a carreira até aqui.
Fora das quadras, Boisson também virou assunto por uma polêmica inusitada. Durante a competição, circularam comentários depreciativos sobre seu odor corporal. Nos bastidores, algumas adversárias reclamaram do mau cheiro da francesa. A francesa respondeu com bom humor:
— Acho que vou pedir um patrocínio da Dove (marca de desodorante).
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