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Finalizadas as estreias dos quatro brasileiros na Copa do Mundo de Clubes, o balanço, no geral, foi positivo. Duas vitórias e dois empates, e atuações que mostraram que nem todo time europeu é um bicho-papão. Os resultados mantiveram Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras com chances de classificação às oitavas de final. O tricolor foi a equipe nacional que deixou melhor impressão na primeira rodada. A situação mais complicada é a do alvinegro, mas já esperada por cair no grupo do Paris Saint Germain e do Atlético de Madrid.
Fluminense
O time de Renato Gaúcho não se intimidou diante do Borussia Dortmund na estreia da competição. O tricolor encaixou seu jogo no sistema posicional dos alemães, adversário mais forte enfrentado por um brasileiro na primeira rodada, enfileirou oportunidades. John Arias se apresentou ao técnico rival com um primeiro tempo primoroso. Encurralado, o rival limitou-se a tentar bolas longas durante a partida.
Contudo, o 0 a 0 no placar revela a principal deficiência tricolor: colocar a bola na rede. Algumas das grandes chances foram desperdiçadas por erro de pontaria ou por tomada de decisão equivocada, como a de Everaldo, que preferiu tocar a bola para Canobbio a finalizar. Renato terá alguns dias para aprimorar o fundamento diante de rivais mais fracos.
A classificação às oitavas está totalmente nas mãos do tricolor. No sábado, o Fluminense enfrenta o Ulsan, da Coreia do Sul. E, na última rodada, os sul-africanos do Mamelodi Sundowns. Nos dois jogos, os brasileiros são favoritos.
O Flamengo começou a competição com o melhor do time de Filipe Luís diante de um time mais fraco. Controlou o meio-campo com Gerson, Pulgar e Jorginho, que fez ótimo jogo em sua estreia com a camisa rubro-negra, apresentou uma marcação sólida e executou bem as transições. E deu espaço necessário para Arrascaeta se destacar.
Ainda que os tunisianos não tenham tido chances claras de gol, um ponto fraco do Flamengo tem sido diante de adversários que não cedem espaços para que o seu jogo flua.
Inclusive, o principal desafio do Flamengo será na sexta-feira, na Filadélfia. A consistência tática da estreia vai ser fundamental para enfrentar o Chelsea e tentar anular o time inglês, que jogou apenas para o gasto diante do Los Angeles FC. Para vencê-los e buscar o primeiro lugar do grupo, o rubro-negro terá que aproveitar a característica posse de bola e torná-la o mais eficiente possível.
O Botafogo deixou sua torcida preocupada. Apesar da vitória sobre o Seattle Sounders por 2 a 1, a atuação, sobretudo no segundo tempo, mostrou um time desorganizado após as mexidas do técnico Renato Paiva. O empate não teria sido um resultado estranho pela pressão do time americano — John fez boa defesa nos acréscimos.
Entre os pontos fortes, ficou clara a eficiência nas bolas paradas e o poder aéreo (os dois gols foram de cabeça). Antes das mudanças, o alvinegro dominou a partida com uma postura defensiva sólida. Vai precisar repetir esse modelo de forma mais eficiente para tentar se igualar ao Atlético de Madrid, na última rodada.
O próximo desafio, no entanto, será gigante. O Botafogo enfrenta o PSG, o atual campeão europeu, que atropelou o Atlético de Madrid, na estreia. A equipe de Luis Enrique provou até aqui que será o time a ser batido. As chances de vitória do alvinegra são baixas.
O elenco mais caro do futebol brasileiro deu conta do recado diante do Porto, que está longe de figurar entre as grandes potências europeias. O time de Abel Ferreira não se importou com o peso da camisa portuguesa, que tem dois títulos da Liga dos Campeões, e fez o seu jogo. Dominou os portugueses com volume de ataque, especialmente no segundo tempo. O empate teve sabor amargo pelas chances perdidas. O jovem Estêvão foi um dos destaques da partida.
O ponto fraco do alviverde foi justamente a finalização. Faltou pontaria e capricho no último passe nos lances perigosos. O estilo de jogo de forte pressão ofensiva pode ficar vulnerável contra times que encontrem o caminho para transições.
Com o ponto garantido, o Palmeiras enfrenta o Al Ahly, na quinta-feira, em Nova Jersey. A vitória será determinante para a classificação, podendo definir até a primeira colocação do Grupo A. Mas não será moleza. Os paulistas enfrentaram os egípcios em duas ocasiões em edições anteriores do Mundial de Clubes. Em 2021, o jogo terminou 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, mas os brasileiros perderam a disputa de pênalti que valia o terceiro lugar do torneio. Em 2022, o alviverde venceu por 2 a 0, na semifinal.
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