
Tricolores do mundo, vivemos um sábado de almanaque. Das 10h até o dia terminar, ocupamos as ruas de Manhattan e as arquibancadas do estádio, em Nova Jersey, com camisas e bandeiras tricolores.
De manhã, debaixo de um céu sem nuvens e com um sol para cada um, fomos ao coração da cidade, na Times Square, mostrar um pouco da nossa batucada. Ideia e produção da New York Flu, torcida do Fluminense nesta cidade, composta por abnegados tricolores (tem até peruano e americano legítimos que fazem parte da torcida). Espetacular presenciar como o amor ao tricolor ultrapassa as fronteiras geográficas e ganha adeptos pelo mundo todo.
Com a praça completamente tomada por nós, cantamos para o mundo ver e ouvir nossas cores e músicas. Uma demonstração plena do que somos como torcida e de como nos identificamos.
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Um espetáculo gratuito e pacífico para americanos e torcedores de outros times que, maravilhados com o que testemunhavam, registravam com fotos e vídeos aquele momento mágico.
Cerca de uma hora e meia depois, caminhamos, com a escolta da NYPD, pela Broadway até chegarmos à 33th Street, rua da Fluminense House, no Legends Bar, pub no melhor estilo irlandês localizado nos pés do Empire State Building.
Batucando e cantando durante o trajeto, nossos sambas foram entoados num verdadeiro carnaval de rua típico carioca. Demonstrar a alegria e o orgulho de estarmos aqui, representando o Fluminense, é o que traz sentido para o que somos como torcedores.
O estádio ocupado por cerca de 25 mil tricolores foi palco do que, em tese, seria o jogo mais fácil para o Fluminense na fase de grupos. O tricolor mais atento sabe que são esses jogos que complicam nossa caminhada. Perdê-los, muitas vezes, tira-nos campeonatos. Vencê-los forja nossas campanhas vitoriosas.
Saímos na frente com um golaço de falta do maior colombiano vivo, Jhon Arias. No final do primeiro tempo, acabamos sofrendo a virada. Rápida, mas não definitiva.
Numa nova demonstração de força (a primeira foi a postura e o jogo praticados contra o Borussia Dortmund), não só viramos como abrimos dois de vantagem. Vencemos e assumimos a liderança do grupo.
Não há como saber o que será de nós na Copa do Mundo. No entanto, o caminho que estamos percorrendo é daqueles de que gostamos.
Agora, vamos à Flórida, estado do sol. Que ele continue brilhando para nós, trazendo novos dias de almanaque como esse que vivemos e merecemos.
Que 25 seja 52!
* Leonardo Bagno é o cronista tricolor da ‘On Tour’, coluna do GLOBO que mostra a visão dos torcedores brasileiros nos EUA durante a Copa do Mundo de Clubes
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