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A sintonia do elenco do Fluminense dentro e fora de campo durante o Mundial de Clubes é um fator diferencial para o jogo com o Chelsea. E não é por acaso. Apesar de silencioso, há um contundente trabalho coletivo no aspecto emocional.
O comportamento solidário nas partidas e a leveza com que os atletas encaram rivais poderosos faz parte de uma gestão psicológica baseada na ciência da felicidade, visão que responsabiliza e incentiva todos os integrantes do grupo a terem um papel de cuidadores entre si.
A ascensão de figuras mais experientes como o capitão Thiago Silva e do próprio técnico Renato Gaúcho ajuda a disseminar a prática, mas há outros agentes multiplicadores, dentro e fora do campo.
— Trabalhei bastante a parte psicológica. Tem sido importante. O Thiago, o Fábio, tem sido importante, temos conversado com os jogadores mais jovens. Sendo experiente ou não, chegamos aqui por que temos condições. É um adversário poderoso, mas na parte psicológica o grupo está preparado —afirmou o treinador.
O trabalho é anterior à chegada de Renato. Há alguns anos, o departamento de futebol possui profissionais de saúde mental, liderados pela psicóloga Emily Gonçalves, que tem reforçado a propagação de relacionamentos nutritivos, que dão a sensação de pertencimento mesmo aos jogadores que chegaram este ano. Nonato, emprestado pelo Santos no primeiro semestre, resumiu bem como funciona essa dinâmica interna entre os atletas.
— Essa mescla que a gente tem de jovens e mais experientes é importante. Todos estão ouvindo, aprendendo, até os mais velhos aceitam dicas. As pessoas só veem os jogos, mas tem muita coisa que acontecem nos bastidores, que são até mais importantes e determinantes que o placar — contou o volante.
Como funciona o apoio
Depois da vitória sobre o Al Hilal, Hércules, herói da partida, teve uma crise de ansiedade e passou mal por não conseguir dar entrevista. Depois de ser contratado junto ao Fortaleza este ano, o jogador de 24 anos tem sido preparado pelos assessores do clube, mas emocionalmente possui o respaldo dos companheiros. No início do ano, foi alvo de ataques nas redes por suposto comportamento não profissional fora de campo e recebeu suporte geral.
Quando o grupo do Fluminense percebe que alguém precisa de ajuda, uma rede de apoio se forma, e os jogadores funcionam como facilitadores de bem-estar. Não à toa todo o discurso reforça essa unidade, essa dedicação um pelo outro. Não é o psicólogo, o treinador, que tem este papel, todos são incentivados a colaborar. E com isso, se sentem pertencentes ao grupo ainda mais.
—A gente está preparado, temos afrontado essas equipes de uma maneira bem legal em termos psicológicos. O melhor de nós a gente vai dar. O resultado a gente não tem controle — ensinou Thiago Silva, revelando ansiedade para mais uma decisão: — Sou um cara muito ansioso. O melhor é tentar ficar tranquilo, pensar em outras coisas. Ver uma série, deixar o pensamento para para neutralizar essa ansiedade. Depois que o juiz apita é mais tranquilo, por que a gente pode fazer algo no campo — acrescentou.
Jhon Arias, que em 2023 ressaltou esse trabalho mental do Fluminense, destacou exatamente essa leveza com que o time encara os jogos fase após fase.
— A gente entra com essa responsabilidade, mas com essa leveza que nos trouxe aqui. Não sabemos quando vamos viver isso de novo, mas temos ambição. Uma final seria algo histórico para nós — destacou o atacante.
É o Fluminense. Unido pelos seus.
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