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Foi Renato Gaúcho, mais uma vez, que ofereceu a vocês da imprensa o tema para um jogo do Fluminense na Copa do Mundo: “Nós viemos aqui para fazer história.” Na entrevista coletiva antes do jogo contra o Chelsea, o treinador ao mesmo tempo prometia aos torcedores e lembrava aos jogadores que chegar à semifinal como a maior surpresa da competição não era o suficiente. Já seu adversário, Enzo Maresca, saiu-se pior na estratégia de comunicação. Foi interpelado por um jornalista brasileiro ao citar a sequência de partidas nesta temporada – quando, aparentemente, o que queria era apenas reforçar a ideia de que, apesar do cansaço, seu time entrou na competição para vencer, descartando o tal desinteresse de que tanta gente suspeita.
Com cinco minutos de bola rolando, outro Enzo, o meia argentino do Chelsea, transformou as palavras de seu treinador em ação, com a primeira entrada forte da semifinal. O time inglês não hesitou em parar o jogo com faltas – o que ajudava também a diminuir o ritmo do Fluminense, que não queria ficar apenas esperando na defesa, e a suportar melhor a sensação térmica de 40 graus em Nova Jersey. Mas também tomava a iniciativa. Pedro Neto enlouquecia Guga, que Renato teve de escalar no lugar de Samuel Xavier, desfalque de última hora.
E foi pelo lado esquerdo do ataque do Chelsea que a bola chegou até João Pedro, o menino de Xerém que estreara contra o Palmeiras como se já estivesse em casa. Um belo chute, um gol não comemorado, e pela primeira vez na Copa o Fluminense saía atrás no placar. A reação poderia ter vindo ainda no primeiro tempo, mas foi negada por Cucurella, misto de lateral e meia que ganhou fama de chato entre os torcedores brasileiros e o foi, salvando um gol de Cano em cima da linha; e pelo VAR, que tirou um pênalti num toque de mão que no Brasileirão (lembra dele?) é marcado toda hora. Não muito depois da volta do intervalo, justamente no momento em que Renato tentou mudar – com a velocidade de Keno e a força de Everaldo para fustigar o cansaço do adversário –, lá estava ele de novo. Bola vinda da esquerda, belo chute, gol sem comemoração e uma vantagem impossível de tirar.
De todos os temas que permearam os debates sobre a Copa do Mundo, não foi o calendário que prevaleceu na primeira semifinal. Mesmo cansado, mesmo debaixo de sol, é o Chelsea que pode ter João Pedro no auge de sua forma, saindo das férias na praia no meio da competição para elevar ainda mais o nível de um elenco milionário. E a bonita história do Fluminense acabou nos pés do jogador que ele próprio ajudou a criar.
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