
Cuéllar deve enfrentar o Flamengo no domingo – Foto: Lucas Uebel/Divulgação/Flickr Grêmio
Recuperado fisicamente e vivendo outra vez uma sequência de jogos pelo Grêmio, o volante Gustavo Cuéllar repassou momentos importantes da carreira em recente entrevista ao jornalista Duda Garbi, onde detalhou, por exemplo, a conturbada saída do Flamengo no ano de 2019. Ele, que até hoje não ganhou a medalha de campeão daquela Libertadores, garantiu não se arrepender da saída do clube e lamentou não ter conseguido realizar o sonho de jogar na Europa.
“Eu não me arrependo. É uma pergunta difícil, mas não me arrependo das minhas decisões profissionais. Acho que eu fiz uma história bonita no Flamengo e ganhei o respeito da torcida, dos colegas, me superei e achei que o ciclo tinha acabado nesta época. Não foi uma saída legal na época. Foi conturbada. Até me afastaram na época antes do jogo do Internacional e fiquei fora por alguns dias sem treinar. Foi complicado”, relembrou.
Cuéllar, que acabou indo para o Al-Hilal antes da semi da Libertadores daquele ano, contou que tinha uma proposta do Bologna, da Itália, onde poderia realizar o seu sonho de jogar na Europa. Mas o Flamengo, segundo ele, só aceitou a proposta do clube saudita e não permitiu nenhum avanço com os italianos.
“Segui crescendo. Na Arábia, voltei para a Seleção Colombiana e joguei uma Copa América, joguei Eliminatórias. No Flamengo, foi uma história difícil. Eu abro o meu coração. Nos reunimos com o diretor da época, o Marcos Braz, que me apresentou a proposta da Arábia. Era a solução financeira da minha vida e da minha família. Eu já tinha dois filhos e queria assegurar o futuro deles. No meio dessa negociação que eu já tinha aceito, chega uma proposta do Bologna, da Itália. Só que os valores eram abaixo. Era o meu sonho jogar na Europa, mas o Flamengo não aceitou e disse que eu iria para Arábia ou ficaria no clube”, ampliou.
Cuéllar se sentiu “usado” no Flamengo
Em meio ao afastamento e à indefinição do seu futuro, Cuéllar conta que foi chamado pelo clube para jogar a segunda partida diante do Internacional pelas quartas de final da Libertadores para suprir uma carência no time. Ele foi, mas afirma ter se sentido igual uma “p…” neste momento, sendo “usado” pela diretoria.
“O Braz deixou claro que não queria que eu saísse. Me dizia que eu era importante para o time, que a torcida gostava de mim. Eles deixaram para eu decidir se sairia ou ficaria. Eu queria ir para a Itália, mas eles negaram e me afastaram. Os árabes aumentaram a proposta. Eu já estava afastado e acabei aceitando. Foram 20 dias sem treinar, não podia ir no clube. Aí veio o segundo jogo contra o Inter pela Libertadores e o Flamengo pediu para eu jogar. Que, se eu jogasse, eu poderia sair depois. Me senti como uma p… nessa época. Usado. Foi assim”, ampliou Cuéllar, que finalizou:
“Emocionalmente eu estava abalado, mas joguei, dei um passe para o Gabigol que errou na cara do Lomba. Joguei bem e fiz o que era preciso. Foi um momento muito difícil. A gente se classificou”.
Cuéllar reencontra o Flamengo
Depois de muitos anos, Cuéllar está perto de reencontrar o Flamengo dentro do Maracanã. Tudo indica que o colombiano vai ser novamente titular do Grêmio na partida marcada para este domingo, a partir das 16h, em mais uma rodada válida pelo começo do segundo turno do Brasileirão.
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