
O árbitro Flavio Rodrigues de Souza na partida entre Santos e Corinthians Foto: Mauricio De Souza/AGIF
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, nesta quinta-feira (16/10/2025), a análise oficial da atuação do Árbitro Assistente de Vídeo (VAR) no clássico entre Santos e Corinthians, válido pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A de 2025, que terminou com vitória santista por 3 a 1 na Vila Belmiro. O foco da análise foi o lance que resultou na marcação de um pênalti para o Santos, que alterou o rumo da partida.
Decisão Protocolar e Aplicação da Regra
De acordo com a Comissão de Arbitragem da CBF, a situação protocolar analisada foi uma “Ação de área penal”. A decisão final do árbitro de campo, Flávio Rodrigues de Souza, após a revisão no monitor à beira do gramado (Revisão On-Field), foi a de marcar o pênalti e aplicar o cartão amarelo ao jogador corintiano envolvido, Breno Bidon.
A justificativa da decisão encontra amparo na Regra 12 das Regras do Jogo (IFAB/FIFA 2025/26), que determina que um tiro livre direto (e, consequentemente, um tiro penal se cometido dentro da área) deve ser concedido se um jogador cometer uma infração de “segurar um adversário” ou “impedir o movimento de um adversário com contato físico”.
O Diálogo do VAR no Lance de Breno Bidon
O ponto central da análise foi o áudio do VAR, divulgado pela CBF, que detalha o processo de revisão do lance. A jogada ocorreu em um escanteio a favor do Santos. Inicialmente, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza não viu a infração:
Árbitro (Flávio Rodrigues de Souza): “Não vejo, estou olhando outro lugar.”
A equipe do VAR, contudo, interveio ao identificar a irregularidade cometida pelo meio-campista Breno Bidon, do Corinthians, que agarrou o atacante santista na disputa.
VAR: “Jogador foi puxado pela perna.”
Houve um breve momento de discordância na cabine, onde o Assistente do VAR (AVAR) sugeriu que o contato era normal:
AVAR: “Os dois jogadores estão se abraçando juntos, totalmente normal de jogo.”
Apesar disso, o VAR manteve a recomendação de revisão, focando na ação de agarrar e na proximidade da bola:
VAR: “Para o jogo, Flávio… O jogador agarrou o atacante pelas pernas e a bola ia onde ele estava. Recomendo revisão para possível pênalti.”
Após ser chamado para o monitor, o árbitro de campo analisou as imagens e confirmou a infração, justificando sua decisão e aplicando a sanção disciplinar:
Árbitro (após revisão): “Ok, para mim o jogador segura o adversário na perna, causa impacto e derruba. Não há falta do atacante desde o princípio da jogada. … Bola iria nele. Vou sancionar com cartão amarelo.”
O pênalti foi, então, assinalado e convertido por Benjamín Rollheiser, consolidando a marcação e validando a intervenção do VAR de acordo com o protocolo da CBF para ações dentro da área penal.
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