Seleção volta a ser dirigida por técnico estrangeiro após 60 anos; relembre outros nomes

O primeiro treinador estrangeiro da seleção brasileira assumiu o cargo uma década atrás. O uruguaio Ramón Platero comandou o Brasil em 1925, e além de ser o primeiro nascido fora do Brasil a liderar a equipe, foi o único que disputou campeonatos oficiais. No currículo, ele tinha a conquista do Campeonato Sul-americano de 1917, o equivalente à Copa América, por seu país, e atuou como treinador no Rio de Janeiro, com passagens por Fluminense, Flamengo e Vasco.

Foi durante a passagem pelo cruz-maltino que ele recebeu o convite para participar da campanha do Brasil no Campeonato Sul-americano de 1925. O cargo de treinador seria de Joaquim Guimarães, mas ele preferiu ser dirigente e coube ao uruguaio ficar à beira do gramado. Ele atuou como técnico por apenas 19 dias, em dezembro de 1925, e o Brasil venceu duas vezes o Paraguai, mas foi derrotado e empatou com a Argentina, que se sagrou campeã.

Quase 20 anos separaram a experiência de Platero do português Jorge Gomes de Lima, o Joreca. A experiência foi mais curta ainda, de duas partidas. Primeiro europeu a assumir a seleção brasileira, ele passou de radialista a treinador de futebol — foi tricampeão com o São Paulo na década de 1940 — e em 1944 recebeu o convite para atuar em dois amistosos. Ao lado de Flávio Costa, multicampeão por Flamengo e Vasco, e representando Rio e São Paulo, eles lideraram o Brasil em duas vitórias contra o Uruguai.