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O sorteio das quartas-de-final da Copa do Brasil, realizado nesta terça-feira (12), na sede da CBF, definiu um chaveamento com 50% de clássicos. Ficou assim: de um lado, o clássico mineiro Cruzeiro x Atlético-MG e Corinthians x Athletico-PR; do outro, o clássico carioca Vasco x Botafogo e Fluminense x Bahia. A composição dos lados da chave deixou o torneio mais aberto, já que, na teoria, os times de maior peso técnico e momento mais sólido — Botafogo e Cruzeiro — caíram em lados opostos, evitando um choque antes da decisão.
Ao mesmo tempo, os considerados mais frágeis ou em má fase, como Vasco e Athletico-PR, também ficaram separados. E a “classe média” do torneio — Fluminense, Corinthians e Atlético-MG, todos capazes de brigar pelo título, mas dependentes de fatores como o “espírito copeiro” ou lampejos de grandes atuações, além de um Bahia com trabalho regular — também se dividiu igualmente, dois para cada lado do quadro.
Fluminense gigante nos mata-matas
Essa distribuição, em tese, equilibra o caminho até a final, evitando que um lado ficasse congestionado com todos os favoritos e o outro mais acessível. No entanto, há um porém: quando se olha cada confronto individualmente, três deles têm um favorito claro. A única exceção é o duelo entre Fluminense e Bahia, um choque de tricolores que já se enfrentaram no último fim de semana num eletrizante 3 a 3, prova de que há equilíbrio real.
De um lado, o Bahia aposta na regularidade e na consistência do trabalho, que o mantém competitivo desde o início da temporada. Do outro, um Fluminense irregular no Brasileirão, mas que sob o comando de Renato Gaúcho tem se agigantado nos mata-matas, como já mostrou em outras competições. O confronto coloca em xeque quem prevalece: a constância baiana ou a força do tricolor carioca quando o jogo é eliminatório.
Clássico carioca
No clássico carioca, os sinais recentes ajudam a entender por que o Botafogo chega como favorito diante do Vasco. Logo no primeiro jogo pós-Copa, os alvinegros mostraram superioridade (2 a 0 em campo neutro, em Brasília), sustentada por um trabalho de Davide Ancelotti que só cresceu desde então, tanto em organização tática quanto em confiança do elenco.
Do lado cruz-maltino, o trabalho de Diniz ainda convive com dúvidas e oscilações, especialmente contra adversários mais estruturados. Pela qualidade do plantel, pelo momento e pela confiança gerada pelos títulos conquistados no ano passado, o Botafogo entra como o grande candidato a avançar — embora o peso de um clássico sempre traga riscos.
Má fase do Furacão
No outro lado da chave, o duelo mais desequilibrado no papel é Corinthians x Athletico. É verdade que o Timão está longe de figurar entre os melhores times do país no momento, mas na Copa do Brasil vem mostrando um espírito competitivo que falta em outras competições.
Já o Furacão vive um cenário mais delicado: único clube da Série B entre os oito remanescentes, atravessa má fase e parece ser o único do lote que não vislumbra de fato o título como algo palpável. Isso não elimina a possibilidade de surpresas — a Copa do Brasil já consagrou zebras antes —, mas a disparidade entre os contextos torna o Corinthians amplamente favorito.
Clássico mineiro
Por fim, o clássico mineiro é o prato principal das quartas: Cruzeiro x Atlético-MG reúne história, rivalidade e equilíbrio emocional no limite. Em clássicos, é sempre arriscado cravar favorito, mas o Cruzeiro de 2025 tem mais consistência, um elenco mais equilibrado e resultados mais sólidos ao longo da temporada. Ainda assim, o Atlético chega embalado por lampejos de ótimas atuações e pela experiência em decisões, algo que não se mede apenas em tabelas ou estatísticas. É, sem dúvida, o confronto mais atraente desta fase — e aquele que mais promete reviravoltas no caminho até a final.
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