Soluções ofensivas de Flamengo e Palmeiras serão colocadas à prova em ‘final antecipada’ do Brasileirão

• Mais uma briga: Flamengo reclama de visita surpresa da entidade de antidopagem às vésperas de jogo decisivo contra Palmeiras
• ‘Atividade habitual’: Após teste antidoping no Palmeiras, ABCD rebate reclamações do Flamengo

Pedro brilhou na vitória por 3 a 0 sobre o Botafogo na quarta-feira, com um gol e uma assistência, mas não tem mantido a regularidade em uma temporada de altos e baixos. Mesmo vice-artilheiro do time em 2025, com 14 gols — 11 no Brasileiro — e seis assistências em 35 jogos, o camisa 9 marcou apenas em duas das últimas oito partidas. Desde que voltou de lesão no joelho esquerdo, sua vaga entre os titulares é objeto de debate.

A seu favor, pesam o fato de ser a principal referência ofensiva do elenco e bons momentos recentes como o hat-trick na goleada por 8 a 0 sobre o Vitória e o gol no Fla-Flu. Por outro lado, desperdiçou chances em ocasiões decisivas — como nas quartas de final da Libertadores, contra o Estudiantes —, e é um jogador menos móvel para o esquema do treinador, que não reluta em preteri-lo em função de Bruno Henrique ou Plata — em julho, Filipe Luís barrou Pedro e fez cobranças públicas.

Arrascaeta é meia, mas aproveitou a lacuna e se tornou o artilheiro da equipe: 19 gols e 14 assistências em 50 jogos. O camisa 10 apresenta uma condição física inteira e se tornou um jogador que pisa mais na área. No meio de semana, lembrou o posto de maestro ao servir Pedro. A discussão sobre os dois atuarem juntos é outra a sempre acompanhar Filipe Luís, mas o certo é que a dupla é o arco e flecha do elenco, com 53 participações em gols somadas.

O único a acompanhá-los é Luiz Araújo, que também marcou contra o Botafogo e tem 12 gols e nove assistências em 52 jogos. Ele retoma espaço em meio a uma seca de gols entre os pontas do elenco: Bruno Henrique marcou nove, seguido por Wallace Yan (7), Plata (5), Everton Cebolinha (4), Michael e o recém-chegado Samuel Lino (2). Tanto que começa a entrar em pauta um debate sobre a modificação do esquema para quatro meias e apenas dois atacantes.

Protagonismo pós-Estêvão

Enquanto isso, no Palmeiras, a grande certeza é que Flaco López e Vitor Roque encontrarão as redes. O argentino “explodiu” neste ano e é o artilheiro do elenco, com 23 gols — 10 no Brasileiro — e cinco assistências em 52 jogos. Contratado nesta temporada, o brasileiro demorou a engrenar, mas já está logo atrás do companheiro, com 16 bolas na rede — 12 no torneio nacional — e quatro passes para gol em 45 partidas. São 48 participações totais.

O entrosamento entre os dois ajuda a explicar a melhora da equipe, que tirou a liderança do Flamengo antes da última data Fifa, aproveitando tropeços seguidos do adversário de hoje. Nos últimos dez jogos em que a dupla atuou, em oito pelo menos um deles fez gol. E ambos marcaram juntos em quatro partidas, incluindo as últimas três, nas vitórias contra Vasco, São Paulo e Bragantino — foram desfalques contra o Juventude.

Com um meio-campo forte — como o do rival — Abel tem se permitido experimentar variadas formações enquanto mantém a dupla fixa no ataque. Além disso, pode acionar Facundo Torres e Ramón Sosa, que também têm deixados suas marcas.